quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Mais sugestões



Espero que este não seja o vosso Pai Natal!
conforme vos tinha prometido aqui deixo mais sugestões de presentes:

O Romance de Leonardo da Vinci, de Dimitri Merejkovski (a vida de Leonardo contada empolgantemente)

Descrição da cidade de Lisboa, de Damião de Góis (o retrato de uma cidade renascentista)

Noa Noa: viagem de Tahiti, de Paul Gauguin (é a história, narrada na primeira pessoa, da vida do pintor Gauguin no Tahiti...no século XIX)


Muito importante, também, será começar a investir em material de artes plásticas (isto para o 10º ano).

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Presentes para o sapatinho






A quadra natalícia é propensa à troca de presentes. Às vezes, no entanto, preferiamos que a tia, a prima e a amiga da mãe se tivessem esquecido de nós. Para que no próximo natal, o vosso sapatinho não seja brindado com o CD do HighSchool Musical, com uma camisola imitação de cashmere, um par de peúgas brancas com raquetes cruzadas e uma caixa de chocolates manhosos, aqui deixo uma lista de livros que farão desta pausa pedagógica um acontecimento cultural:


  • Os Médicis: a nossa história, de Lorenzo de Medici (é a história da família mais poderosa do renascimento florentino, contada na primeira pessoa...no século XXI)
  • O Príncipe, de Maquiavel (é um presente para Lourenço de Médicis, um "tratado" sobre política, escrito pelo humanista Nicolau Maquiavel)
  • Giordano Bruno, de Laura Vit (é um romance histórico sobre a vida do filósofo renascentista que morreu às mãos da Inquisição)
  • Samarcanda, de Amin Maalouf (é uma viagem onde se cruzam tempos e pensamentos através da Rota da Seda)
  • As cruzadas vistas pelos Árabes, de Amin Maalouf (é isso mesmo, o outro lado da história)
  • A catedral do Mar, de Ildefonso Falcones (é um romance histórico sobre a construção da catedral de Barcelona)
  • A história da Beleza, compilação de Umberto Eco
  • A história do Feio, compilação de Umberto Eco

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Correcção do teste


1. (10 pts)
PESTE NEGRA
2. (20 pts)
MORTE DE CERCA DA 1/3 DA POPULAÇÃO EUROPEIA EM POUCOS ANOS,QUE PROVOCA DESEQUILÍBRIOS NA CIDADE, NO ESTADO, NAS FRONTEIRAS SOCIAIS. TRANSFERÊNCIA DE POPULAÇÕES.
CONSTRUÇÃO DE HOSPITAIS, ALBERGARIAS E LEPROSARIAS.
3. (25pts)
TEMÁTICA DO HORROR E DO MACABRO
CORPOS ESQUÁLIDOS
EXPRESSIVIDADE EXAGERADA
GRUPO II

1. (5ptsx3)

a. Forma alongada e rigidez na posição
a. Brasões, símbolos que o definissem e inscrições epigráficas
a. Das Senhoras do Ó e as Senhoras do Leite
2. (16 pts)
GÓTICO INICIAL – 1, 5
GÓTICO PLENO – 3, 4, 7
GÓTICO FINAL – 2, 6, 8
3.
FORMA ALONGADA, CORPO POUCO VOLUMOSO, RIGIDEZ NA POSIÇÃO, ESTÁTUA-COLUNA, PANEJAMENTO COM POUCO MOVIMENTO
TENDÊNCIA NATURALISTA, CORPO MAIS VOLUMOSO, POSIÇÃO CURVILÍNEA, REQUEBRO DA ANCA, MÃOS E ROSTO TRATADOS COM DETALHE, EXPRESSÃO.


GRUPO III

1. (10)
VITRAL, ILUMINURA, FRESCO, PINTURA SOBRE MADEIRA
2.
VERDADEIRO
Apesar do crescimento das cidade, na Idade Média, a iluminura continuou a ser realizada apenas nos mosteiros, MAS PASSOU TAMBÉM A SER REALIZADA POR ILUMINADORES LAICOS (OFICINAS)
Uma das utilizações mais frequentes das iluminuras eram os Livros de Horas, que eram livros de romances de cavalaria. LIVROS DE ORAÇÕES DE CARÁCTER INDIVIDUAL
Um retábulo é um painel executado em vidro de várias cores. EXECUTADO EM MADEIRA OU PEDRA.
O recurso à técnica da pintura mural a fresco assim como o uso frequente de retábulos, justificam-se em Itália, porque as igrejas permaneceram estreitas, altas e repletas de vitrais, nas naves laterais. LARGAS E BAIXAS, MANTENDO SUPERFÍCIES PARIETAIS COMPACTAS.
A pintura, em Portugal no reinados de D. Manuel, é influenciada apenas pela estética e técnica flamengas.PELA TRADIÇÃO GÓTICA, PRIMEIRAS MANIFESTAÇÕES DO RENASCIMENTO ITALIANO
A pintura flamenga caracteriza-se por um grande realismo, uma grande atenção dispensada aos pormenores, realismo das paisagens arquitectónicas e naturais, pela técnica do óleo e pela não representação da temática religiosa.EM AMBIENTES DO QUOTIDIANO
3.
GIOTTO, PINTURA DO GÓTICO ITALIANO, ENQUADRAMENTO ARQUITECTÓNICO ENQUANTO FUNDO, TRIDIMENSIONALIDADE NO FUNDO, CORPOS VOLUMOSOS, CONTRASTE LUZ-SOMBRA
MELCHIOR BROEDERLAN, ESTILO INTERNACIONAL, ENQUADRAMENTO ARQUITECTÓNICO ENQUANTO FUNDO, TRIDIMENSIONALIDADE NO FUNDO, CORPOS VOLUMOSOS,
SIMONE MARTINI, ESTILO INTERNACIONAL/GOTICO ITALIANO, PERSONAGENS ÉTEREAS, BIDIMENSIONALIDADE NO FUNDO,

4. (40 PTS)
TÉCNICA DO ÓLEO, RETÁBULO FIXO OU MÓVEL (1-2-3- OU MAIS PAINEIS)
CENA SAGRADA EM AMBIENTE DO QUOTIDIANO – A MINHA CASA
OS PORMENORES DA DECORAÇÃO – OS MEUS OBJECTOS
MARIA VESTIDA DE ACORDO COM A MINHA ÉPOCA
DA JANELA PODE VER-SE A MINHA RUA/A MINHA PAISAGEM

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008


Não é matéria para o teste, mas é importante na mesma! O SPO da nossa escola alerta para: A "Futurália" . É uma feira de cursos e profissões, onde irão estar representadas escolas de vários níveis de ensino e instituições várias ligadas à formação e emprego. Para os alunos pode ser útil e interessante irem lá, para recolherem informação directa sobre os cursos que lhes interessa seguir. A feira decorre na na FIL (Parque das Nações), de 10 a 13 de Dezembro e a nossa escola também vai estar lá representada no dia 10. Vão até lá, em grupo, sozinhos, de patins ou trotinete, com a família e o gato mas VÃO! É uma oportunidade única para contactar com uma grande variedade de escolas, num momento em que estão a decidir para onde vão nos próximos anos.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Ficha de exploração pictórica


Conforme combinado, aqui está uma possível ficha de exploração pictórica para uma das reproduções da pintura gótica do manual. A imagem é apenas uma ideia de apresentação - claro que só é permitida a inclusão de reproduções da obra escolhida.

A data da entrega é dia 9 de Dezembro. Podem recorrer a World Gallery of Art


FICHA DE EXPLORAÇÃO PICTÓRICA DE UMA OBRA

TÍTULO
AUTOR
DATA
DIMENSÕES
MATERIAL/TÉCNICA
LOCAL DE ORIGEM
ENQUADRAMENTO SOCIO/CULTURAL/POLÍTICO
LOCAL ONDE SE ENCONTRA HOJE
TEMA
BREVE DESCRIÇÃO DA OBRA
ESCOLA/ESTILO
ICONOGRAFIA (OS SÍMBOLOS)
ANÁLISE FORMAL:
· RELAÇÃO FORMA/FUNDO
· PERSPECTIVA
· CORES
· LINHAS DE FORÇA

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Sob o signo do Macabro







Apesar de serem de um período posterior (séculos XVI e XVII) enquadram-se ainda na "ideia do macabro". Espero que estas imagens vos tenham dissipado algumas dúvidas.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

A Peste Negra



Vá lá...amanhã é outro dia e as derrotas futebolísticas acabarão por se diluir com a chuva prevista para o fim de semana. Aqui ficam uns bolinhos "verdes" para mostrar o meu desportivismo e tolerância clubística.

Lembrem-se que a Peste Negra é matéria obrigatória neste momento de avaliação. Lembrem-se também que ela teve reflexos nas artes plásticas e, nomeadamente na escultura, com a representação de corpos esquálidos e rostos que denotam sofrimento, numa expressividade exagerada. Claro que os temas, apesar de religiosos, apresentam uma tendência onde o horror e o macabro têm lugar cativo com "tranquilidade".

Não se esqueçam, ainda que, com tanta mortalidade a Europa construiu uma nova geografia social...(aqui entra a resposta àquela pergunta da aula sobre as alterações, lembram-se?)

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

esquema da pintura flamenga

Espero que o esquema vos ajude a preparar uma resposta a uma pergunta sobre a pintura flamenga (e não flamenca!) para o próximo momento de avaliação.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Relatório Visual da visita de estudo ao MNAA


Aqui vos deixo as imagens, dos relatórios visuais, da visita de estudo ao Museu Nacional da Arte Antiga, em Lisboa. Estes trabalhos foram realizados, por alunos de PT-10ºano, em formato A3 com a técnica da colagem.

Nicolas Froment e Antoine-Jean Gros




Lado a lado para comentar, duas imagens com alguns séculos de distância. Uma apresenta-nos Jesus Cristo ressuscitando um morto, perante uma assistência que ou vira o rosto ou o tapa com um lenço imaculado. Reflexos da peste?


A outra reprodução é de Antoine-Jean Gros, de 1804 e chama-se Napoleão visitando os pestíferos de Jaffa (ou o albergue dos doentes com peste). Apesar de ser uma pintura neo-classicista, pelo tema e pela representação do nú (por exemplo) o enaltecimento do sofrimento humano, as cores quentes e o claro-escuro são já um "cheirinho" daquilo que se irá passar depois e que tomará o nome de Romantismo, (esta achega foi directamente para antigas alunas, que estão agora no 12º). Reparem, que, tal como na reprodução de Nicolas Froment, também há gente proteger o rosto com o lenço branco, enquanto, sem medo nem nojo, Cristo e Napoleão - pela sua santidade um e como reflexo de poder o outro - encaram a cena com naturalidade.

Tal como Cristo é entendido como o salvador dos pecados da humanidade, também Napoleão(pretende) ser o salvador da França. ele é o general que reconstrói o império francês (ou tenta...em terras lusas teve pouca sorte).
Já agora, Jaffa é na Siria.


sábado, 15 de novembro de 2008

Reflexos


Quando falámos na Piéta, e da dor de uma mãe com o filho morto nos braços, lembro-me de vos ter referido o poema de Fernando Pessoa. Tentem fazer a ligação entre as duas formas - a escultura e a poesia. A arte, como já vimos, reflecte o tempo que a cria, mas ela também molda o tempo e o nosso modo de ver.


O Menino De Sua Mãe

"No plaino abandonado

Que a morna brisa aquece,

De balas trespassado

– Duas, de lado a lado –,

Jaz morto, e arrefece.


Raia-lhe a farda o sangue.

De braços estendidos,

Alvo, louro, exangue,

Fita com olhar langue

E cego os céus perdidos.


Tão jovem! que jovem era!

(Agora que idade tem?)

Filho único, a mãe lhe dera

Um nome e o mantivera:

«O menino da sua mãe».


Caiu-lhe da algibeira

A cigarreira breve.

Dera-lhe a mãe. Está inteira

E boa a cigarreira,

Ele é que já não serve.


De outra algibeira, alada

Ponta a roçar o solo,

A brancura embainhada

De um lenço... Deu-lho a criada

Velha que o trouxe ao colo.


Lá longe, em casa, há a prece:

«Que volte cedo, e bem!»

(Malhas que o Império tece!)

Jaz morto, e apodrece,

O menino da sua mãe."


Fernando Pessoa


Podem ouvi-lo declamado por João Villaret http://www.youtube.com/watch?v=9o89o4LxxAM

sábado, 8 de novembro de 2008

Os Evangelistas


Em grego a palavra evangelho significa boa nova. Nos primeiros escritos cristãos, evangelistas eram aqueles que difundiam a boa nova...ou seja todos os discíplos de Cristo.

No entanto a partir do século I, a palavra passa também a definir os quatro livros em que se narram a vida e os ensinamentos de Cristo, escritos por quatro dos seguidores da sua fé:


  • João e Mateus faziam parte do grupo de apóstolos

  • Marcos era um discíplo directo de Pedro

  • Lucas foi um dos primeiros convertidos da cultura grega

Terá sido São Jerónimo, no final do século IV, quem associou os "animais" aos evangelistas.

Aqui ficam os esclarecimentos a propósito dos símbolos.


  • Anjo - São Mateus

  • Leão - São Marcos

  • Touro - São Lucas

  • Águia - São João

Descubram, nesta reprodução de uma pintura de Fernando Gallego (Cristo Abençoando, 1495, Museu do Prado, Madrid), onde se encontram representados os evangelistas.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

As respostas ao teste

Aqui ficam as respostas (gerais) do teste de hoje:

1.Melhoria climática, progressos agrícolas, implicam produção excedentária. Crescimento demográfico.
Incremento das industrias e do comércio.
Período de relativa estabilidade política. Reaparecimento de feiras.

2.Início do século XII, Ile de France, Século XIII, surto construtivo na Europa, finais do século XIV com os regionalismos por toda a Europa.

3. a - Falsa :As cidades portuárias eram as capitais do grande comércio. No Mediterrâneo: Génova, Pisa, Marselha, Veneza, Barcelona e; e no Atlântico e Báltico: Lisboa, La Rochelle, Amesterdão, Hamburgo, Lubeque e Riga.
b. Falsa : As cidades novas surgiam em locais de feira ou perto de uma abadia. Cruzamento de estradas, perto do mar, evolução de aldeia
c. Falsa: As cidades que ganharam notoriedade foram as que albergavam relevantes universidades. As que detinham grande produção industrial e comercial, catedrais com relíquias de santos, cidades portuárias
d. Falsa: a. A cultura nova que se desenvolveu, a partir do século XII, e onde se valorizava a lealdade, a cortesia, o amor, a paz, a alegria de viver, a elegância e o prazer, teve o nome de Cultura cortesã
e. Verdadeira

4. Arco quebrado, abóbada de cruzaria em ogiva, arcobotante e botaréu

5. Interior: Forças –chave da abóbada, nervura (arco quebrado), colunelo adossado à coluna ou pilar, chão
Exterior: Forças - arcobotante, botaréu, chão

6. a. Abadia de S. Dinis
b. da Claritas
c. o arco ogival
d. arcobotante

7. Corpo dividido em três partes na horizontal e na vertical, tem duas torres assimétricas, rosácea, três portais.
Igreja com três naves, nave central, naves laterais com capelas que se abrem sobre as laterais. Transepto saliente. Cabeceira com deambulatório com sete capelas radiantes, sendo a do meio mais profunda.
Arcadas que se abrem sobre a nave central, com um triforio e janelas altas do clerestório.

8. A arte da reconquista e da consolidação do território. Tratado de Alcanizes só no reinado de D. Dinis. Medo de invasões – carácter defensivo das construções. Gótico monástico.

9. Planta basilical em cruz latina, transepto saliente, divisão do corpo principal em três naves, coberturas de abóbadas ogivais com nervuras (na cabeceira), cobertura de madeira, exteriores compactos e fechados, austeridade decorativa.

10. Manuelino
Uma arte de muitos estilos, a arquitectura mantém o essencial das estruturas góticas (sistemas de sustentação, plantas, composição de alçados, combinação de volumetrias) mas aliadas a conceitos renascentistas correspondentes a igrejas com naves da mesma altura ou influenciadas pelas igrejas-salão alemãs. Corpo rectangular, naves com cinco tramos, sem transepto, cabeceiras rectas, com um ou dois tramos.
Elementos decorativos inovadores: diversos tipos de arcos, abóbadas e portais. Ornamentação exuberante e de referências patrióticas, flora e fauna marítimas, formas antropomórficas, referências aos descobrimentos.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Arcos botantes e botaréus


A solução do Trabalho de casa:


ARCO QUEBRADO - Forma construtiva, enquadrando uma abertura de modo a transportar para os apoios laterais o peso da construção, formado por dois arcos de circunferência, com centros diferentes. O arco quebrado é usado desde o século XII em igrejas românicas, mas a partir da época gótica, foi usado muito mais sistematicamente por razões técnicas: porque o empuxo era muito menor que o do arco de volta perfeita e facilitava a construção de abóbadas de ogivas.


ABÓBADA DE CRUZARIA EM OGIVA -Obra de alvenaria para cobertura de recintos, formada por um conjunto de pedras apoiadas entre si e assente em paredes ou num sistema complexo de reforços e escoroamento. A abóbada de cruzaria em ogiva é uma abóbada que resulta do cruzamento perpendicular de duas abóbadas de berço, com a mesma altura, de que as chaves estão no mesmo plano, projectando interiormente arestas salientes...as duas nervuras que se cruzam na chave.


ARCOBOTANTE - Arco exterior ao conjunto de uma construção, que serve para a descarga da carga da abóbada, sobre o botaréu, que a transmite para o solo.


BOTARÉU - Pegão que ressalta de um muro para aumentar a resistência deste contra o empuxo de uma abóbada.


TRIFÓRIO - Conjunto de aberturas pelas quais a galeria situada sobre as naves laterais de uma igreja recebe luz no interior. Quando esta galeria abóbadada é apenas uma passagem estreita, servindo as zonas altas do edifício, chama-se trifório, se ocupa toda a largura das naves laterais chama-se tribuna.


CORUCHÉU - Remate cónico ou piramidal das torres ou campanários.


Estas e outras informações, encontram no livro "Dicionário de Termos de Arte e Arquitectura" de Jorge Henrique Pais da Silva e Margarida Calado, (1995) da Editora Presença. Este livro pode ser consultado no centro de recursos e tem a cota: AG/29306


Bom trabalho!

domingo, 26 de outubro de 2008

Livros sobre Bosch


Como combinado, aqui vos deixo a referência aos livros que levei para a aula.

BOSING, Walter (1991). Hieronymus Bosch. Colónia: Taschen

MARKL, Dagoberto [et. al.] (1994). As Tentações de Santo Antão ou O Eterno Retorno. Lisboa: Electa

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Curso de animação


Não sei se isto interessa a alguém...mas como ouvi dizer que há alunos interessados em animação...

Uma espreitadela não custa nada!


Estão abertas as inscrições para o Curso de Animação em Desenho 2008/09, a realizar no Centro de Investigação e de Estudos Arte e Multimédia (CIEAM), da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. As entrevistas de selecção serão marcadas posteriormente e o curso tem lugar de dia 8 de Novembro de 2008 a 27 de Junho de 2009, perfazendo um total de 180 horas de formação.Para se inscreverem os candidatos deverão enviar a ficha de pré-inscrição para o e-mail do CIEAM(cieam@fba.ul.pt) Propinas - 390 €

Destinatários:
Alunos ou profissionais de artes plásticas, realizadores, animadores, web designers, professores e outros interessados pelo cinema de animação.

Orientação: José Pedro Cavalheiro
Formadores: Sofia Farmhouse, Joana Bartolomeu e Cátia Peres
Duração: 180 horas - 30 sessões de 6 horas aos Sábados.
Horário: Sábados das10h às13h e das 14.30h às 17.30h.
Datas: de 8 de Novembro de 2008 a 27 de Junho de 2009


Nota: As inscrições só poderão ser realizadas mediante
entrevista prévia sempre acompanhada do portfolio dos candidatos.
Este portfolio poderá ser em formato digital (imagens em formato jpeg. ou ficheiros quicktime)


Objectivo geral do curso:
Aquisição de conhecimentos e prática no domínio da animação sobre papel, animação sobre Flash MX, e animação em After Effects CS3.

Módulo 1

ANIMAÇÃO EM DESENHO

Duração: 60 horas (10 sessões).
Objectivos do módulo: desenvolver conhecimentos teóricos e técnicos
conducentes à criação de sequências em animação de desenhos sobre papel.

Conteúdos:
1- Diversidade estética e técnica do cinema de animação. A persistência retiniana e a origem do desenho animado.
2- Princípios básicos da animação: o espaço e o tempo
3- Regras básicas do movimento: aceleração, desaceleração, pausa, trajectória
4- Esqueleto e volumetria de personagens
5- Noção de ciclo
6- Animação corrida e animação por chaves
7- Linetest e carta de rodagem
8- Linguagem cinematográfica e sua aplicação ao cinema de animação
9- Enquadramento, formato e vectores dinâmicos no
interior de um ecrã
10- Expressão e movimento: caracterização e tratamento gráfico
11- Som e sonoplastia
12- A produção de um filme de animação por etapas

Módulo 2

ANIMAÇÃO VECTORIAL EM ADOBE FLASH CS3

Duração: 60 horas (10 sessões)
Objectivos do módulo: desenvolver conhecimentos teóricos e técnicos
conducentes à criação de sequências em animação vectorial no programa Adobe Flash CS3.
Conteúdos:
1- Introdução ao interface do Adobe Flash CS3
2- Ferramentas e menus do Adobe Flash CS3
3- Conceito de stage, timeline, layer
4- Conceito de frame, frame rate e key frame
5- Importação de imagens bitmap e vectorização
6- Animação por interpolação: shape e motion
7- Aceleração e desaceleração de elementos animados
8- Organização da livraria
9- Movieclips, botões, gráficos e hierarquização de símbolos
10- Máscaras e guias de movimento
11- Som e sua importação para o Adobe Flash CS3
12- Breve introdução ao action script
13- Criação de personagens e cenários em Adobe Flash CS3
14- Organização de um projecto em animação vectorial, do
conceito inicial à sua exportação para filme


Módulo 3

ANIMAÇÃO EM ADOBE AFTER EFFECTS CS3

Duração: 60 horas (10 sessões)
Objectivos do módulo: Desenvolver conhecimentos teóricos e técnicos
conducentes à criação de sequências em animação no programa After Effects CS3.

Conteúdos:
1- Introdução ao Adobe After Effects CS3
2- Ferramentas e menus do Adobe After Effects CS3.
3- Conceito de composition, timeline, layer
4- Conceito de frame, key frame, pausa, aceleração e desaceleração
5- Importação de material diverso: vídeo, imagem, vector e som
6- Conceito de plano, escala e ângulo
7- Animação de objectos e cenários através de parenting
8- Conceito e animação de máscara
9- Conceito e animação de textura
10- Conceito e animação de luz, sombra e atmosfera
11- Animação de layers 3D e profundidade de campo
12- Animação de espaço cinematográfico e movimento de camera
13- Animação e conceito de efeitos e filtros: cor
14- Animação e conceito de efeitos e filtros: água
15- Animação e conceito e filtros: partículas
16- Organização de um projecto em animação em After Effects CS3

Material disponível:
Sala com computadores PC (ecrãs de 24 polegadas)
Projector e ecrã em sala de aula
Mesas de trabalho, linetest, caixas de luz, papel A4
Softwares: Photoshop CS2, Illustrator CS2, Flash CS3,
Monkey Jam, After Effects CS3.

Nota: todos os consumíveis deverão ser adquiridos pelos
participantes apesar do seu custo reduzido.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

A difusão do Gótico


Sem internet, nem tão pouco, máquina a vapor, como é que de repente toda a Europa começa a construir catedrais da mesma maneira? Já pensaram nisso? Hoje, a informação difunde-se tão rapidamente, que nem nos lembramos que há uns séculos andávamos de burro.

Mas o que terá contribuído para a difusão do "estilo gótico". Como é que, apesar da diversidade presente nos regionalismos, o gótico se afirmou como a primeira arte do Ocidente?

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Umas ideias




Conforme viram, na apresentação da aula de hoje (em PT-10 ano) o limite é sempre a imaginação do criador. Alguns alunos já começaram a dar os primeiros passos nesse sentido e para vos provar aqui deixo imagens de trabalhos.

domingo, 12 de outubro de 2008

Caras feias



Esta imagens é para alguns alunos do 10 ano...aqueles que andavam à procura de "caras feias". É de Hieronymous Bosch, por isso continua dentro do tema.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Para pensar...

Apesar de ter pensado este post para o 10ºano, ele é para tooodos os alunos de artes. É um excerto de um livro "pequenino" com escritos e reflexões do artista plástico Paul Klee (1879-1940).

Será que um quadro nasce de um actos único? Não, constrói-se peça a peça, tal como uma casa.
E o observador consegue apreender o quadro com um único olhar? (Muitas vezes sim, infelizmente.)

Feuerbach não disse que é preciso uma cadeira para ver um quadro? Para quê uma cadeira? para que as pernas cansadas não perturbem os espírito. As pernas cansam-se se estivermos muito tempo de pé. Temos, então, o espaço da acção: o tempo. Natureza: movimento. Só o ponto morto é intemporal. Também no universo é o movimento é o movimento que conta.

Podem encontrar isto e muito mais no livro Escritos sobre Arte de Paul Klee das Edições Cotovia

terça-feira, 30 de setembro de 2008

O princípe encantado


As sementes da moral e dos bons costumes foram lançadas na Europa Medieval...num tempo em que a Guerra era a profissão de reis e nobres, havia que, em tempo de paz, valorizar a civilidade. Mas como o fazer, se "andar à espadeirada" era algo que lhes corria no sangue? Havia que arranjar uma maneira de justificar o espírito guerreiro, mesmo com os infiéis ao longe. Surge então o ideal de cavalaria! À sombra de um código de conduta, arranja-se uma desculpa para entrar em torneios. Civilizar o combate através da defesa da honra da dama...lutar pela proteção dos oprimidos, das viúvas e dos orfãos.

E onde iam eles buscar inspiração para os seus actos? Aos romances de cavalaria. O "Romance da Rosa" (não é "Nome da Rosa" de Umberto Eco) funciona como um repositório das normas de conduta. O jardim do amor é um reduto onde não entram defeitos. A velhice, a tristeza, a avareza ou a inveja ficam fora dos muros. Lá dentro tudo é belo... "Os Cavaleiros da Távora Redonda" foram também um bestseller da altura...mas aquilo não correu lá muito bem entre o Rei Artur e o Lancelot, que ao que parece, esquecendo-se dos contornos que o amor cortês devia assumir, deu uma voltinha com a Guinevere (a mulher do Rei Artur)...pois foi, depois a coisa correu mal e não conseguiu conquistar o Santo Graal... se tivesse esperado mais uns séculos podia ler o "Código Da Vinci" e continuar a sair com a Guinevere.


O nosso bravo cavaleiro está disposto a morrer pela sua amada, a despojar-se das suas roupas para agasalhar os que têm frio, a partilhar a sua refeição com os famintos...de cabelos ao vento, enfrentando ventos cortantes e desertos escaldantes .


A nossa matriz cultural está assente também no ideal de cavalaria... mesmo num filme em que as personagens principais são um Ogre Verde e uma princesa "rechunchudinha"...

domingo, 28 de setembro de 2008

Uma hipótese de trabalho para o terceiro período


Provavelmente alguns de vocês já conhecem, mas mesmo assim, deixo aqui uma referência e uma hipótese de trabalho para o terceiro período. O que acham?




Podiam fazer o mesmo com a escultura ou a arquitectura...ou com a paisagem...ou com o vestuário...o limite seria a vossa imaginação (e os limites inerentes ao trabalho escolar, claro!)

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

O equilíbrio instável




Podemos dizer que o berço da cultura moderna foi a cidade. Como vimos na última aula, ela, a cidade, podia ser governada por um nobre mas na maior parte dos casos ela administrava-se a si própria, funcionando como microestado...uma democracia dos pequeninos. Claro que o poder tem sempre qualquer coisa que nos atrai e que nos faz lutar pelo lugar de "presidente da câmara". Assim a cidade torna-se palco das lutas subtis entre as famílias ilustres (essencialmente a aristocracia) e os grémios dos artesãos e dos comerciantes. Estas lutas eram lutas políticas, não batalhas campais com corpos estraçalhados. Eram lutas internas. Quando uma cidade entrava em confronto com outra cidade, a defesa militar era organizada à semelhança dos castelos e estas defendiam-se a si próprias. Podiam existir alianças entre cidades...como estratégia económica como a Liga Hanseática que chegou a contar com 70 cidades, lideradas por Lübeck.


Existem duas grandes zonas onde floresceram cidades que se tornaram referência para a cultura europeia (e mais tarde que se espalhou pelo mundo e arredores). Falamos do Norte de Itália (com as cidades de Veneza, Florença ou Milão) e a Flandres (com Bruges ou Antuérpia).

Curioso é que ainda hoje o norte de Itália é mais rico que o sul. Será porque a riqueza, o espírito empreendedor e criativo deixaram sementes na Idade Média?


Para um cidadão que vivia na cidade, a pátria não era Portugal, mas sim Lisboa ou Porto, e isso condicionava as suas atitudes e relações. Este era o pensamento medieval...


Atenção: as imagens são para um aluno do 10 ano.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Recomeçar...


O ano lectivo recomeçou e com ele o blog vai reiniciar a sua actividade. Este ano vai ser alargado à disciplina de Projecto e Tecnologias do 10ºano, para termos uma visão mais alargada das artes e das actividades artísticas.

Para os alunos de HCA, fica aqui a fotografia do Panteão de Roma e a correcção do teste diagnóstico:

1.
1- Cúpula
2- Frontão triangular
3- Capitel
4. Fuste
5- Base

2.
Doc. B – Período Helenístico
Doc. C – Período Arcaico
Doc. D – Período Clássico

3.
O legado grego
- O teatro, a par de outras manifestações cívico-religiosas.
- A Democracia (conceito e prática): da democracia directa à representativa.
- A Cidadania (conceito de cidadão).
O legado romano
- Uma cultura urbana e imperial: a importância da cidade; a rede de estradas; a língua; o Direito; a Cidadania.
- Uma arte comemorativa (propaganda) e pragmática.
- Marcada influência grega: arte, filosofia, religião, teatro, literatura.
O legado do Cristianismo
- A transmissão do legado político-cultural clássico.
- O monoteísmo e o peso da Igreja no mundo cristão ocidental.
- A ideia de um poder centralizado, da teocracia ao pder do rei como representante de Deus na Terra.
- A liberdade, a igualdade, a tolerância.
- A filosofia (Platão e Aristóteles).
- O Direito.
- A Retórica.
- Os rituais, do cerimonial imperial para o cerimonial religioso.
- A arte greco-romana.

4.
1- Nave central
2- Colaterais (naves laterais)
3 - Cruzeiro
4 - Transepto
5 - Abside
6 - Deambulatório
7 – Capelas radiantes

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Vieira: o Céu na Terra


Para quem ainda está por terras lisboetas, e não partiu de férias rumo a outra paragens, aqui deixo uma sugestão (tivessem em aulas e era OBRIGATÓRIO).

VIEIRA – O CÉU NA TERRA, é uma peça levada à cena pelo Teatro Nacional D. Maria II, mas que curiosamente não é apresentada no palco tradicional, mas sim nas ruínas do Convento do Carmo. Esta particularidade permite leituras para lá do óbvio. (fico à espera)
A peça foi escrita por MIGUEL REAL E FILOMENA OLIVEIRA e encenada FILOMENA OLIVEIRA. Estará em cena até 16 de Agosto.

Aqui está o texto que aparece no site do Teatro Nacional D. Maria II:

O Céu na Terra trata os momentos mais importantes da vida do Padre António Vieira, o mais famoso pregador religioso português, nascido em Lisboa, em 1608, e falecido em 1697, em São Salvador da Bahia, para onde partira aos seis anos com a família.
Em Lisboa na corte de D. João IV, no Brasil entre os colonos ou entre os índios do sertão, revela-se o homem de plurais actividades - missionário, diplomata, político, orador, profeta, escritor, nacionalista, VIEIRA – o Céu na Terra evidencia a actividade profética de Padre António Vieira e a sua intransigente defesa das profecias do Bandarra e do Quinto Império como união de todos os povos num reino cristão de justiça, amor e abundância; a actividade de pregador, como o mais insigne orador português, bem como o seu afã de justiça social, corroborado na denúncia contra o tratamento dos escravos, tratados como animais de carga, exigindo dos donos das canavieiras de açúcar um tratamento humano para os negros; na denúncia contra a exploração e escravização dos índios do Brasil promovida abundantemente pelos colonos brancos, e a sua defesa do judeu e cristão-novo. Esta última actividade tornou-o suspeito da Inquisição, tendo sido preso e condenado por este Tribunal.


Para quem acabou este ano o 11º ano de HCA tudo isto é familiar. Estamos em tempo barroco, ainda um pouquinho longe de D. João V, o magnífico, mas também mete o Brasil...(antes da descoberta o ouro, que irá patrocinar a construção da igreja-palácio-convento de Mafra) e neste caso o ouro é outro e é a mão de obra dos escravos trazidos de Africa e índios nativos que faz rentáveis as plantações de cana de açucar. Depois temos a Inquisição com quem travámos conhecimento aquando da Contra-Reforma Católica...como se elmbram ela já existia antes, mas é com a contra-reforma que se exaltam os ânimos e e toca de queimar vivo quem pusesse em causa os dogmas da igreja católica...ou quem não comesse chouriço - isto leva-nos para a história da Alheira, mas fica para outro dia.

Apenas um conselho: como o verão está um bocadinho envergonhado é melhor levar um agasalho...é que a peça é ao ar livre.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Uma fotografia para a Maria


Com a minha antiga aluna Maria está pertinho de Genève (desculpem mas a tradução dá Genebra e eu não gosto!) e pensando numa outra antiga aluna que andará á percorrer a Europa com os pais, aqui deixo uma fotografia especial. Junto ao lago além de encontrarem gente a fazer jogging, a andar de patins e a passear os cães (cujo grau de urbanidade dos donos obriga a apanham os "cócós") encontram também esta placa, que assinala o local onde a imperatriz Sissi foi assassinada. Procurem!

terça-feira, 1 de julho de 2008

Viagens à deriva


Viagens à deriva é o nome de um blog acabadinho de nascer. É dinamizado por uma antiga aluna de HCA e irá acompanhar as viagens deste verão entre a França e a Suíça. Aproveitem a boleia em http://viagensaderiva.blogspot.com/

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Please, do not touch.


Quantas vezes não sentimos vontade de tocar aquele quadro...sentir a textura...quantas vezes não tivemos quase, quase a abraçar aquela escultura para sentir o frio do mármore...
Um leve toque de dedo pode fazer saltar o "craclê" de uma pintura. A oleosidade e a acidez das mãos (mesmo quando limpas) pode danificar o metal, os têxteis e a madeira e descolorar o mármore e o bronze. Experimentem agarrar num espelho...as vossas impressões digitais ficam visíveis. Imaginem agora a quantidade de visitantes que um museu recebe por dia, e imaginem que todos eles tocam nas obras. Catastrófico, não? Pois é por isso que não é permitido tocar nas obras expostas. Porque assim é possível preservar os objectos artísticos para as gerações futuras. É a nossa herança...é o nosso legado.

mais uma sugestão para a cidade de Paris




A não perder, o Musée du quai Branly. Um museu criado para o diálogo entre as culturas e as civilizações. Deixar os nossos filtros de cultura ocidental, branca, masculina, dominante, colonizadora, é uma tarefa difícil, mas este museu abre portas a um envolvimento que está para lá do olhar sobre o exotismo.

Vale a pena passar lá um pedaço de tempo. O próprio edifício, do arquitecto Jean Nouvel, convida ao envolvimento, é quase como um organismo vivo que respira.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Numa ida a Paris...


Sei que há pelo menos uma menina que vai a "terras de França" durante as férias de verão...que tal um "saltinho" a Paris para espreitar os efeitos ópticos de dos trabalhos de Bridget Riley no Musée d'art moderne de la Ville de Paris.
Bom...havendo tanto para fazer e ver em Paris, isto é apenas uma sugestão.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Porque devemos olhar "duas" vezes


Se não pararmos não conseguimos ver tudo...Vejam este Rembrandt, O Filho Pródigo. Reparem nas mãos da figura principal. Uma das mãos é masculina, a outra é claramente feminina. Curioso, não?

Olhar um quadro é uma tarefa complexa...

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Thomas Struth



Esta fotografia é particularmente interessante, agora que as nossas aulas acabaram...faz-me questionar se nas nossas aulas vocês olhavam para as imagens ou...dormiam?

Falaram-me neste fotógrafo...e como eu sei que há quem goste de fotografia, aqui fica o link

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Fernão Mendes Pinto



Quero partilhar convosco o trabalho dos vossos colegas... porque a história é feita de mais coisas do que aquelas que aprendemos na escola... é o que conseguimos fazer com aquilo que aprendemos que torna grande a nossa vida.

O video foi realizado para a inauguração do Museu do Oriente e está no Youtube em duas partes (se estiverem atentos descobrem os vossos colegas).


http://br.youtube.com/watch?v=QN8aWYbcSrU


http://br.youtube.com/watch?v=xV4tSxaVRmI

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Sugestão de leitura


E pronto, acabou mais um ano lectivo. O blog vai "hibernar" mas antes e, aproveitando a Feira do Livro que ainda decorre, deixo aqui uma referência para uma leitura de férias:

O Romance de Leonardo De Vinci de Dimitri Merejkovski (Vega 2004). É particularmente interessante para vocês que já tratam o Renascimento por tu. Há um relato de uma festa no palácio do Ludovico Sforza...há a luta entre a mentalidade antropocêntrica e as mentes conservadoras...com o Savonarola e os seus discursos inflamados...há a descoberta de ruínas romanas...há...

sábado, 24 de maio de 2008

A propósito da Arte Contemporânea


Se fosse tão simples enquadrar a arte contemporânea como é a arte do passado... Se calhar por estarmos tão próximos do nosso tempo, se calhar porque vivemos numa sequência de crises socioculturais, se calhar porque tomamos consciência das multiculturalidades, se calhar porque a arte contemporânea se reveste de características muito específicas que não se prendem apenas com o tipo de material usado... Por tantos outros factores.


Mas este post é para uma antiga aluna (que agora está a braços com o 12º ano, a PAA...)e tinha uma dúvida em relação ao Pollock, ao Dubuffet e a outro Jean que, presumo, seja o Jean Fautrier. Todos inseridos no grande "bolo" que é o Informalismo definido como "toda a pintura que se servia da cor o menos possível contida em esquemas, diafragmas ou limites compositivos e que, nesse sentido abrangia quase todo o abstraccionismo que não fosse geométrico ou construtivista"...isto nas palavras de G. Dorfles nos anos 70. Mas o Informalismo pertence a um outro grande "bolo", aqui entendido como uma família morfológica -a Linha da Expressão. Assim a Linha da Expressão compreende a Arte Nova, o Expressionismo, o Futurismo, o Abstraccionismo Expressionista, a Action Painting, a Body Art, o Informalismo e algumas presonalidades isoladas como o Jean Dubuffet, Egon Schiele, Rouault, Giacometti, Modigliani, de Kooning ,Francis Bacon...

Dentro do Informalismo temos várias correntes e em relação a Dubuffet e Fautrier temos em evidência uma corrente com base na pintura matérica (quando Dubuffet não revela vestígios figurativos) que recupera o organicismo que liga o artista ou o fruidor à obra sem que existam mediações naturalistas (os tais vestígios figurativos). Quanto ao Pollock, é evidente a corrente da pintura de acção ligada aos movimentos do corpo e da mão. Ambas as correntes repousam no abstraccionismo, que resulta do prazer da pintura...de cobrir de matéria pictórica grandes superfícies utilizando paara tal uma variedade quase infinita de técnicas...A pintura informalista é uma pintura sem assunto, sem referência às grandes ideias que fizeram história no passado, sem os clássicos ideais de beleza, sem a geometria, onde o importante não é o comunicar como os expressionistas com os impulsos da alma ou gritos de dor, mas sim a valorização das relações com a matéria e a acção de fazer.
No caso de Fautrier, pode ser considerado o "pai" da pintura matérica...
As outras grandes famílias morfológicas da arte contemporânea são: A Linha da Formatividade, a Linha da Arte Social, a Linha do Onírico, a linha da Arte Útil e a Linha da Redução.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Pieter de Hooch


Confesso que já não me lembro dos quadros onde aparecem personagens parecidas com actores de cinema...só me lembro do quadro em que podemos encontrar parecenças com alguém da política portuguesa...e revelá-lo aqui seria politicamente incorrecto ;)

Mas como estamos em vésperas de teste :( deixo-vos aqui um quadro para enunciarem as características barrocas e enquadrá-lo no tempo e no espaço, justificando, claro!
(podem clicar aqui para saber mais)

Escolhi este quadro porque está no MNAA e assim se tiverem dúvidas podem ir até lá e "conversar com ele"...para quem não está muito dentro da história de arte, mas que se passeia pelo blog, é um convite para uma visita ao Museu Nacional da Arte Antiga, que tem entrada gratuita aos domingos de manhã.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

exercício



Exercício de treino para o teste:


  • 1.Partindo da imagem, aponte as características formais, compositivas e expressivas que permitem incluir esta obra na arte barroca.

  • 2.Enuncie as principais modalidades e funções da escultura no período barroco.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

a noite dos museus


Acontece este fim de semana, a noite e o dia dos museus.

MNAA, Museu Berardo, Museu da Cidade, Museu Bordalo Pinheiro, Convento de Mafra, entre outros
há iniciativas nos museus à vossa espera.

dirvirtam-se ;)

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Mais um palácio



Ainda só recebi uma transformação de Lucien Freud em Rubens!

Deixo aqui uma imagem de um palácio nos arredores de Estocolmo. Em que período da História da Cultura e das Artes o podemos enquadrar?

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Desafio


Como transformar esta obra de Lucien Freud numa obra do século XVII...como, pintaria Rubens este modelo?

terça-feira, 6 de maio de 2008

Os Anjos e outras criaturas celestes


O que sabem sobre anjos, querubins, serafins e outras criaturas celestes?

Anjos são criaturas puramente espirituais, que segundo a crença cristã, habitam no Céu (isto leva-nos à definição de Céu, mas fica para outro dia). Estes são também mensageiros. Gabriel, Miguel e Rafael são os nomes mais citados nas Escrituras, que ao que parece pertencem a uma ordem superior e por isso são também chamados de Arcanjos.


Querubim é mais uma categoria de anjo e que segundo o Antigo Testamento está abaixo do Serafim (mais uma categoria). Nas artes aparece representado com uma cabeça de criança sustentada por duas asas (!) O Serafim, por estar acima, já aparece de corpo inteiro.

Durante o período barroco estas figuras vão ser muito utilizadas, quer na pintura quer na escultura. Em Portugal temos o exemplo dos altares de talha dourada onde, sem grande esforço, encontramos estas criaturas aladas e umas outras, os Putti. Mas as criaturas aladas já são vossas conhecidas da Antiguidade Clássica...lembram-se do Cupido?

Cupido e Putto ou Putti são termos usados para designar figuras de crianças (nuas), mas enquanto o cupido tem asas o Putto não tem...e também não tem setas!!!


Andei a tentar fotografas anjos, mas como não consegui fui buscar esta dos papos e já vem com a receita!