domingo, 27 de maio de 2007

para comentar


Partindo da reprodução de CARAVAGGIO, Judite degolando Holofernes; c. 1598, óleo sobre tela, 145 x 195 cm; Galleria Nazionale d'Arte Antica, Roma; comente a seguinte afirmação:
O Barroco materializa o instantâneo.

sábado, 26 de maio de 2007

para comentar


"Regents of the St Elizabeth Hospital of Haarlem"1641
óleo sobre tela, 153 x 252 cm; Frans Halsmuseum, Haarlem
Partindo do quadro de Frans Hals justifique a afirmação: A arte reflete o tempo que a criou.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

igreja barroca

Uma vista de olhos por uma igreja barroca vossa conhecida (agradeçam a dica à Maria do 11º L)
http://www.mcah.columbia.edu/ha/related_sites/rome_san_carlo_360/mov/1rome_san_carlo_church.mov

David (es)

O mesmo herói em dois momentos.



Dois palácios


Dois palácios para comparar


Duas igrejas




Duas igrejas a servir a mesma religião mas de modos diferentes



Dois palácios barrocos

Dois palácios barrocos. Que semelhanças e que diferenças?






para treinar 3



para treinar 2



para treinar 1


Será que os meus alunos conseguem comparar as duas reproduções?

(deixei um link de escultura no de vez em quando)

para os alunos que não desejam ser repositores numa grande superfície

A pedido de vários alunos que não desejam ser repositores numa grande superfície, aqui deixo um pequeno auxiliar de "mimória"...mas não basta, parecendo que não, ler o manual e ir às aulas, facilita!
Os Países-Baixos encontram-se divididos entre a Flandres, católica e governada pelos Habsburgo, cujas cidades principais são Antuérpia e Bruxelas, e a Holanda, calvinista e protestante, com o seu centro em Amesterdão
Holanda:
•Graças à Reforma Protestante, a pintura religiosa deixa de ser primordial;
•Diversidade temática;
•Foi uma arte para mercadores, burgueses e artesãos bem sucedidos, executada em reduzidas dimensões, feita para casas de gente vulgar e comercializada livremente, comemorando o prazer da vida
Pintores: Jan VERMEER VAN DELFT, Frans HALS, Harmenszoon van Rijn REMBRANDT
Em França...
•Georges de la TOUR (1593 –1652):
Influência de Caravaggio
Cenas com poucos personagens
Iluminação local por um foco luminoso (uma vela, um candelabro, etc.) em contraste com o resto da composição que apresenta uma escuridão imensa.
•Nicolas POUSSIN (1594 –1665):
Harmonia e Beleza ideais
Opulência de influência veneziana
•Claude LORRAIN (1600 -82):
Paisagens harmoniosas e idílicas, não reais mas emocionam o espectador de forma realista.
Em Espanha...
•A pintura foi essencialmente religiosa.
•Jusepe de RIBERA(1521-1562), influência de Caravaggio. Para os seus modelos utiliza gente simples do povo que pinta com grande realismo.
•Diego VÉLAZQUEZ (1599-1660), foi o pintor oficial do rei de Espanha. Também influênciado por Caravaggio.
•Francisco ZURBARÁN(1598-1664), realismo das naturezas mortas assim como o tratamento realista (e rotineiro) das cenas religiosas.
•Bartolomé Esteban MURILLO (1617-82)
E por cá...
•A renovação pictórica em relação ao resto da Europa
•Séc. XVII – influência do tenebrismo espanhol (domínio filipino)
•Sec. XVIII – influência italiana e de la Tour
•TEMAS: Retratos, pintura religiosa, pintura de tectos
Séc. XVII:
•André Reinoso
•Domingos Vieira (1600-78)
•Josefa de Óbidos (1630- 1684)
•Bento Coelho da Silva (1617-1708)
Séc. XVIII
•André Gonçalves (1685- 1762)
•Vieira Lusitano (1699- 1783)

terça-feira, 22 de maio de 2007

para descontrair



Aqui está um link para o blog: https://webmail.netcabo.pt/exchweb/bin/redir.asp?URL=http://quando-o-rei-era-sabao.blogspot.com/ para descontrair um pouco da história da cultura e das artes. Lá encontram referência a uma exposição.

A exposição chama-se "Viagem ao Polén Sul" e está no Instituto Franco-Português até 31 de Maio.

Pode ver algumas das fotografias (com melhor qualidade!) aqui: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1a3z-yWEjzgnAbtgCQsjmUiRxh20c6wzNTJE8KWu4I0FQGucMubfI8IAXVZB_tehxO_zI5cfWG3b8p4cbCIPw0iJGyIJxzTSf3v1SWKF4WPDXpDGirR3_mfgTyCoBSyVTIFEVYdlypndB/s1600-h/Viagem+ao+Po%CC%81len+Sul+-+Susana+Seven.jpg


(devem agradecer a informação à Joana...do 10ºB)

segunda-feira, 21 de maio de 2007

um olhar sobre o barroco

Um olhar de Espanha sobre o Barroco

ainda a propósito do feminino




Ainda a propósito de olhares e modos de fazer femininos aqui ficam mais imagens e links para ver, pensar e comentar:



Damien Hirst




Numa das turmas falámos sobre Damien Hirst. Aqui vos deixo algumas imagens do seu trabalho.

domingo, 20 de maio de 2007

Josefa de Óbidos

Haverá um modo feminino de comunicar visualmente? E como se manifesta? Ao nível formal?
Este Presépio pode ser visto (ao vivo e a cores!) no Museu Nacional da Arte Antiga.
(deixei mais um link no de vez em quando... )

Ana de Lorena


Hoje vamos falar de uma mulher... Ana de Lorena

Nasceu a 3 de Setembro (Virgem, portanto) de 1691 na cidade de Lisboa. Ana de Lorena não era uma mulher do povo, mas sim, marquesa de Abrantes e condessa de Penaguião, casada com o seu tio materno D. Rodrigo de Melo.
D. Ana Maria Catarina Henriqueta de Lorena pertence ao grupo de senhoras da alta sociedade que troca de bom grado a vida de tia bronzeada fazendo compras no centro comercial, pelo empenho em desenvolver uma actividade "cultural". Provavelmente por influência de seu pai, Rodrigo Annes de Sá Almeida e Meneses, marquês de Fontes e Abrantes, empenhado no desenvolvimento da Belas-Artes, Ana de Lorena teve contacto não só com obras de arte como também com os próprios artistas (que o pai apoiava como mecenas).

A nossa pintora vai fazer essencialmente retratos, como este que aqui vos mostro, que foi até aos anos 70 (do séc. XX) atribuído a Vieira Lusitano e que se encontra no Museu Nacional da Arte Antiga.
Para mais informações consultem o catálogo da Exposição JOANNI V, MAGNIFICO: A pintura portuguesa no tempo de D. João V, IPPAR:1994
Haverá um modo de pintar feminino?

quarta-feira, 16 de maio de 2007

para navegar

Hoje deixo-vos um desafio. Naveguem e depois comentem.
Há também uma iniciativa que não devem perder. Espreitem e aproveitem porque a maioria é à borla! é grátis! custa népia, nicles, rien.

terça-feira, 15 de maio de 2007

Um pouco nada sobre a pintura holandesa
















A divisão da Europa em países católicos e protestantes reflectiu-se nas manifestações artísticas. Já sabemos que região meridional dos Países Baixos (que hoje denominamos Bélgica) permaneceu católica, enquanto as provincias setentrionais, ao libertarem-se da presença católica espanhola, facilmente aderiram ao novo credo. Não podemos esquecer que não estamos a falar de pobres camponeses mas de ricos mercadores que refletem a prosperidade das cidades mercantis holandesas. São estes os novos encomendadores. Os artistas encontram no mercador bem sucedido que queria legar a sua imagem aos vindouros ou no burguês respeitável que fora eleito para um cargo público e que desejava ser pintado assumindo essas funções, um "filão" quase inesgotável para a sua expressão artística. Como não existia máquina fotográfica, as comissões locais e juntas governamentais encomendavam retratos de grupo para colocação na sala de reuniões ou salões nobres das suas sedes.


E quem não tinha jeitinho nenhum para o retrato? Pois foi, tiveram que acordar para a dura realidade e renunciar à ideia de viver exclusivamente de encomendas. Eram livres é certo, mas a liberdade tem um preço...e então era vê-los nas feiras e mercados públicos a negociar a sua "mercadoria". É aqui que aparece outra figura: o marchand d'art (dito em francês fica com um ar mais intelectual!) que vai servir de intermediário, comprando ao preço da chuva para vender ao preço do barril de crude.





Na pintura holandesa vamos estudar primeiramente Franz Hals e Rembrandt.
Podem começar já a pensar porque é que não podemos considerar renascentistas as reproduções acima.
A reprodução de "Figura de Velho" pode (e deve!) ser vista no Museu Calouste Gulbenkian.


...e para saber mais: http://www.wga.hu/

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Rubens e Lucien Freud




Hoje não vos escrevo, fico antes à espera dos vossos comentários sobre estas obras. A de Lucien Freud do séc. XX e a de Rubens so séc. XVII. ;)

Caravaggio



Captar, pela emoção, a fé de multidões. Eis o propósito da pintura religiosa barroca.

A imagem é apenas um fragmento (e o meu ponto de vista) da obra de Caravaggio da qual vimos a reprodução na aula.

Não só a acção é dramática como também o modo como tal nos é dado a ver, como a própria acção é montada. Reparem na teatralidade dos gestos, no contraste cromático e no contraste claro-escuro. Todos estes elementos convergem para a construção no sentido de espectáculo.

Podemos salientar como características da pintura de Caravaggio:
•Usar como modelos, nos seus temas – históricos, religiosos, ou cenas de género –figuras vulgares de mulheres e homens comuns (possuindo algumas delas um certo carácter rude que choca os seus contemporâneos);
•Usar uma luz rasante e descontínua;
•Iluminar fortemente alguns pormenores ou personagens importantes da cena.

Na nossa última aula foi também referida a pintura de paredes e tectos, sempre obedecendo ao trompe l'oeil, numa tentativa (quase sempre bem conseguida) de ampliação e transcendência do espaço físico. Distinguimos duas técnicas no trompe l'oeil, os quadri riportati - imitação de quadros de cavalete com moldura pintada, e a perspectiva de soto in sù - vistas tomadas de baixo para cima que se abriam para o espaço esbatendo a fronteira entre o real e o imaginário...criando um espaço de contornos ambíguos. Como exemplos referimos: Annibal Carracci, Andrea Pozzo e Pietro da Cortona.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Temas da escultura laica


Como seria de esperar a nova iconografia da igreja foi rapida e facilmente adaptada à escultura laica, onde os encomendadores foram desde os monarcas absolutistas às famílias abastadas. Neste sentido, vamos encontrar como temas preferidos:


  • os retratos individuais, com carácter honorífico ou propagandístico, sempre realistas e expressivos;

  • os mausoléus;

  • figuras ou grpos mitológicos, de inspiração clássica e com significado alegórico

A temática da escultura religiosa


A escultura barroca, como já vimos reflecte o espírito que a criou, ou seja: A Contra-Reforma católica. Neste sentido transparece a nova mística a que a igreja católica tinha aderido, que para além de se inspirar na Bíblia e no Novo Testamento (como já vinha sendo hábito) vai recorrer aos escritos dos grandes místicos da Contra-Reforma, como os escritos de Santo Inácio de Loyola (fundador dos Jesuítas e que já conhecíamos do Maneirismo) e os de Santa Teresa de Ávila (foto). Claro que esta nova iconografia era altamente vigiada pelo Tribunal do Santo Ofício para que a ortodoxia se mantivesse.
•Vidas de santos e mártires (os mais recentes canonizados no séc. XVII);
•Novos temas marianos como o da Sagrada Família (a virgem com S. José e o menino já criança) e o da Imaculada Conceição (verdade religiosa recentemente transformada em dogma doutrinal);
•Cristo no Calvário e a Paixão de Cristo (via sacra);
•Triunfo da Eucaristia e das Virtudes Cristãs (fé, esperança, caridade);
•Valorização da figura do Papa.


A arte assumia aqui uma função didáctica, traduzindo em imagens a doutrina religiosa e os seus dogmas, ao mesmo tempo que reafirmava a Fé e o Poder da Igreja Católica.

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Jean Tinguely a propósito do movimento








Lembram-se de termos falado em Jean Tinguely a propósito do movimento? Podem descobri-lo no site do Musée Tinguely à Bâle : http://www.tinguely.ch/fr/index.html. Podem também consultar em português

Aqui vos deixo um pedacinho do site do museu:

"Les machines sculptures aux multiples couleurs entament une conversation bruyante avec le spectateur : à travers ses œuvres, Jean Tinguely communique et interagit avec le spectateur – la machine marche et devient art. Les oeuvres de Tinguely pétillent d’humour, de vitalité, d’ironie et de poésie. Mais analysées dans un contexte plus profond, elles révèlent aussi un sens de la tragi-comédie, de l’énigme et de l’insondable."

segunda-feira, 7 de maio de 2007

A expressão técnico-formal da escultura barroca


A escultura barroca afasta-se um "pouco" daquilo que estudámos anteriormente. Estamos longe das estátuas-coluna dos portais do gótico inicial assim como estamos longe da calma impressa no rosto do David de Donatello... o que encontramos então como características da escultura barroca?

  • Rigor da execução técnica: herdeiros dos processos renascentistas os escultores barrocos dominam as técnicas do desbastar, cinzelar e do modelar;
  • Perfeição das formas;
  • Exploração das capacidades expressivas; acentuação dos gestos, posições e expressões faciais e corporais, visando a dramaticidade dos conteúdos;
  • Preferência por posições em movimento;
  • Utilização de panejamentos, volumosos, agitados, decompostos, favorecendo o contraste das texturas e os violentos contrastes de luz/sombra;
  • Composições livres e soltas, organizadas segundo esquemas complexos que interligam diferentes personagens “captadas” em acção
  • Sentido cénico das composições; preocupação com o enquadramento;

Escultura Barroca - parte II

Já reparámos que o surto escultórico alastra pela Europa, mas através de quem? Quem eram os reponsáveis pelas inúmeras encomendas?

•A igreja; empenhada na transmissão da Fé e dos dogmas, bem como no reforço da sua imagem espiritual;
•Os monarcas; interessados na manifestação pública do seu poder e da sua força e na divulgação da ordem ideológica que os fundamenta;
•As famílias mais ricas; principalmente burguesas, que começavam a manifestar o seu individualismo e gosto pelo quotidiano.

sábado, 5 de maio de 2007

sugestões para o dia da mãe


...e que tal convidarem a vossa mãe para o lanche e a uma visita ao Convento de Mafra? Já imaginaram o brilharete se fossem vocês os guias da visita?

Mais umas dicas sobre a obra que foi o orgulho de D. João V



Podem começar por falar que durante o longo reinado do monarca (1706-1750) podemos falar de um estilo joanino (João - joanino...'ta-se mesmo a ver!), que emerge da superação da crise da Restauração (pois, hoje deve dar voltas no túmulo, por causa da invasão espanhola através das zaras e dos santanderes), durante a qual se acentuara o nosso isolamento cultural e ao enriquecimento geral do país sob os auspícios da mineração brasileira. No complexo de Mafra conseguimos sentir o poder de D. João V, bem como a sua necessidade de marcar esse mesmo poder...mas apesar de tudo é sempre um poder que está abaixo do poder divino, isto porque a fundação da que seria a maior construção deste período e sua obra de referência tem como mote a dificuldade da rainha em receber prendas no dia da mãe, isto é, em procriar. D. João V vai seguir o conselho de Frei António de São José, frade da Ordem dos Arrábidos, de prometer construir um convento dedicado a Santo António se nascesse um rebento. E não é que nasceu mesmo (1711) uma infanta de seu nome D. Maria Bárbara (as mães gostam destes pormenores!)

Já sabemos que este complexo articula um palácio, uma igreja e uma parte conventual, revelando mais uma vez a aliança entre o poder real e o poder religioso.
Vamos entrar na igreja: atravessemos a galilé, deleitando-nos com um verdadeiro repositório da escultura italiana da época, para entrar propriamente na vasta construção que é a igreja. Vamos percorrer os 35m de comprimento desta igreja de cruz latina. Reparem na nave. Predomina a ordem coríntia e apesar dos elementos decorativos alternarem com vastas superfícies de mármore a decoração não anula a estrutura arquitectónica como seria de esperar no período barroco. Lateralmente encontram capelas comunicantes que convidam ao recolhimento numa oração individual. Se o dia estiver solarengo reparem na luz que brota das amplas janelas e da cúpula, uma luz que vai fazer o mármore ganhar vida nos constraste do claro/escuro. Ainda envoltos na ambiência barroca, percorram agora as dependências da igreja onde encontram a sacristia e várias capelas e cheguem à Sala do Capítulo. É considerada como um dos mais importantes exemplos da arquitectura barroca em Portugal e prova uma vontade em acompanhar as inovações estéticas europeias, muito embora não tenha tido grande eco, uma vez que só no Porto, na Torre do Clérigos voltaremos a ter este arrojo na planta. Estamos perante a planta elíptica e desta forma um espaço diferente se mostra perante os nossos olhos. (reparem que em vez de mármores temos estuques)

Há muito mais para dizer, mas acredito que quando fizerem de "guias turísticos" às mães se vão lembrar de tudo o que aprenderam. Lembrem-se que o mais importante é sentir a experiência dos lugares ...oiçam o que aquele espaço vos tem para dizer.



Bom Domingo



(em 1747 chegou a Portugal Alessandro Giusti, escultor italiano, que trabalhando em Mafra irá influenciar a estética nacional formando nomes com Machado de Castro)

Escultura Barroca - parte I



A primeira aula sobre escultura foi muito animada ;) Parabéns pelas vossas intervenções.

Como não houve tempo aqui fica a "papinha" sobre a aula dada. A próxima aula virá a seu tempo.

No Barroco a comunicação instintiva e intuitiva das mensagens pelas emoções e pelos sentimentos e a provocação da surpresa e do deslumbramento apelam à participação afectiva do público, com vista a uma mais fácil e eficaz transmissão das ideias e dos conceitos.

Embuída deste espírito a escultura vai assumir um papel relevantee assim podemos encontra-la a ornamentar ou complementar a arquitectura religiosa ou civil, enquadrando-se nos cenários por ela criados - relevos; volutas, brasões, cartelas, vasos, toféus, festões, coruchéus e fogaréus - não se esqueçam de quão importante é a ideia de "cenário". A escultura de vulto redondo pode estar colocada em nichos, consolas ou mísulas, ou formando filas horizontais sobre os parapeitos das pontes e dos átrios dos edifícios, ou em escadarias ou colunatas, ou sobre muros dos jardins (que como já sabemos são estudados ao pormenor!). As Estátuas colunas - atlantes e cariátides trazem à memória algo já anteriormente estudado. Monumentos escultóricos, baldaquinos, púlpitos, retábulos, mausoléus, monumentos comemorativos, honoríficos ou simbólicos, figuras alegóricas, retratos (bustos, estátuas, estátuas equestres) túmulos, passos professionais e fontes, enfim tudo era passível de ser tranformado em escultura, não esquecendo, claro está, os retratos individuais dos reis e de outras altas figuras públicas, com carácter honorífico e como não podia deixar de ser: propagandístico.

Em relação ao retrato convém lembrar que este era tratado de forma realista (mas com bom aspecto...tipo actor de hollywood na passadeira vermelha rumo aos óscares) e expressiva, representando sempre o retratados em atitudes de triunfo e rodeado por imagens alegóricas das virtudes morais e políticas ou por figuras mitológicas como heróis clássicos.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

um pouco de Mafra


A obra do complexo de Mafra mobilizou uma legião de trabalhadores vindos de todos os pontos do país. Ainda que não se saiba ao certo quantos trabalharam nas obras, em 1729 eram cerca de 45 000 que eram ajudados por um milhar de bois. E onde dormia esta gente toda? Numa "cidade" de madeira construída para o efeito (que até tinha hospital).
O material usado foi a pedra-lioz, por ser abundante na região. Quanto aos mármores italianos, como eram mais dispendiosos, foram usados nas partes nobres do edifício. As madeiras vieram do Brasil e outras de Itália. Os sinos e carrilhões, a indumentária e alfaias para o culto, vieram de Itália, França, Bélgica e Holanda... Mafra construída sob o signo da Europa barroca de Setecentos.
É curioso saber que as contas da obra nunca foram feitas, nem durante nem depois da construção (soa um bocadinho a "déja vu", esta situação de nunca se saber ao certo como são gastos os dinheiros públicos)


Mas olhemos a fachada: aqui a igreja, colocada no eixo de simetria, encontra-se ladeada pela zona palaciana com os seus dois torreões terminais (estes torreões não vos lembram nada na cidade de Lisboa?) A articulação do palácio com a igreja faz-se na Sala das Bençãos, será então através da janela que o rei com o patriarca de lisboa ao lado pode saúdar o povo reforçando o seu poder de monarca absoluto.
Tudo isto (e muito mais) encontram no Dicionário da Arte Barroca em Portugal, coord. José Fernandes Pereira

Ainda a propósito de collants



ainda a propósito de collants...espreitem mais trabalhos de Ernesto Neto

Podem ainda ler uma crítica ao seu último trabalho em http://www.artecapital.net/criticas.php?critica=61&PHPSESSID=6b3d78b9ab8e9b98ed9b77186b25097d está em português :)

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Collants reais



alguém me tinha pedido a imagem do Luís IV de collants...

Construções geométricas


Este endereço é de um sítio que vos pode ser útil...é uma gigantesca cábula para quem se esquece de como se fazem algumas construções geométricas.

Um outro com interesse (e que vos permite responder às questões) é http://www.mat.ufrgs.br/~licenmat/trabalhos/trab4/5serie.html
divirtam-se :)

terça-feira, 1 de maio de 2007

Mafra


Com o dinheiro do ouro do Brasil, o rei D. João V deixou obra... todos os seres humanos gostam de deixar a marca da sua passagem! Há quem escreva música, há quem toque música, há quem escreva...poesia! há quem suba à mais alta montanha (mesmo que isso implique "perder" o nariz) há quem passeie na lua...há quem implante uma pirâmide no Louvre, há quem implante uma torre no Tejo...há que não tenha nada de interessante para dizer aos outros e "piche" as paredes com assinatura (qual cãozinho que ao mesmo tempo que se alivia, demarca o território)


E houve D. João V e a igreja, palácio e convento de Mafra. Foi de facto O empreendimento artístico e económico do reinado joanino. Ocupa uma área de cerca de 40 000m2 e ostenta uma fachada de 200m. D. João V vai contratar Ludovice (artista germânico que estava radicado em Lisboa desde 1701) para as obras. (convém contratar alguém ou estrangeiro ou famoso, para dar credibilidade e solenidade aos actos - não é normal contratar um arquitecto de renome para fazer habitação social!)
Para não ficar atrás do seu "ídolo" Luís XIV, aquando do lançamento da 1ª pedra foi realizada uma cerimónia que durou 6 dias, na qual estiveram presentes o rei, o patriarca de Lisboa e a corte.

O "Dicionário da Arte Barroca em Portugal" dedica cerca de 5 páginas ao complexo de Mafra. Vale a pena espreitar o livro: PEREIRA, José Fernandes (coord.) Dicionário da Arte Barroca em Portugal, Editorial Presença,1989

neste sítio encontram imagens nostálgicas de Portugal (a imagem do convento é de lá) http://www.antique-prints.de/shop/Media/Shop/mafra.jpg