quarta-feira, 24 de setembro de 2008

O equilíbrio instável




Podemos dizer que o berço da cultura moderna foi a cidade. Como vimos na última aula, ela, a cidade, podia ser governada por um nobre mas na maior parte dos casos ela administrava-se a si própria, funcionando como microestado...uma democracia dos pequeninos. Claro que o poder tem sempre qualquer coisa que nos atrai e que nos faz lutar pelo lugar de "presidente da câmara". Assim a cidade torna-se palco das lutas subtis entre as famílias ilustres (essencialmente a aristocracia) e os grémios dos artesãos e dos comerciantes. Estas lutas eram lutas políticas, não batalhas campais com corpos estraçalhados. Eram lutas internas. Quando uma cidade entrava em confronto com outra cidade, a defesa militar era organizada à semelhança dos castelos e estas defendiam-se a si próprias. Podiam existir alianças entre cidades...como estratégia económica como a Liga Hanseática que chegou a contar com 70 cidades, lideradas por Lübeck.


Existem duas grandes zonas onde floresceram cidades que se tornaram referência para a cultura europeia (e mais tarde que se espalhou pelo mundo e arredores). Falamos do Norte de Itália (com as cidades de Veneza, Florença ou Milão) e a Flandres (com Bruges ou Antuérpia).

Curioso é que ainda hoje o norte de Itália é mais rico que o sul. Será porque a riqueza, o espírito empreendedor e criativo deixaram sementes na Idade Média?


Para um cidadão que vivia na cidade, a pátria não era Portugal, mas sim Lisboa ou Porto, e isso condicionava as suas atitudes e relações. Este era o pensamento medieval...


Atenção: as imagens são para um aluno do 10 ano.

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