terça-feira, 1 de maio de 2007

Mafra


Com o dinheiro do ouro do Brasil, o rei D. João V deixou obra... todos os seres humanos gostam de deixar a marca da sua passagem! Há quem escreva música, há quem toque música, há quem escreva...poesia! há quem suba à mais alta montanha (mesmo que isso implique "perder" o nariz) há quem passeie na lua...há quem implante uma pirâmide no Louvre, há quem implante uma torre no Tejo...há que não tenha nada de interessante para dizer aos outros e "piche" as paredes com assinatura (qual cãozinho que ao mesmo tempo que se alivia, demarca o território)


E houve D. João V e a igreja, palácio e convento de Mafra. Foi de facto O empreendimento artístico e económico do reinado joanino. Ocupa uma área de cerca de 40 000m2 e ostenta uma fachada de 200m. D. João V vai contratar Ludovice (artista germânico que estava radicado em Lisboa desde 1701) para as obras. (convém contratar alguém ou estrangeiro ou famoso, para dar credibilidade e solenidade aos actos - não é normal contratar um arquitecto de renome para fazer habitação social!)
Para não ficar atrás do seu "ídolo" Luís XIV, aquando do lançamento da 1ª pedra foi realizada uma cerimónia que durou 6 dias, na qual estiveram presentes o rei, o patriarca de Lisboa e a corte.

O "Dicionário da Arte Barroca em Portugal" dedica cerca de 5 páginas ao complexo de Mafra. Vale a pena espreitar o livro: PEREIRA, José Fernandes (coord.) Dicionário da Arte Barroca em Portugal, Editorial Presença,1989

neste sítio encontram imagens nostálgicas de Portugal (a imagem do convento é de lá) http://www.antique-prints.de/shop/Media/Shop/mafra.jpg

Um comentário:

Anônimo disse...

Pois é, e o Memorial do Convento de José Saramago conta-nos como se terá passado.Era uma vez um rei que fez a promessa de levantar um convento em Mafra: «Prometo, pela minha palavra real, que farei construir um convento de franciscanos na vila de Mafra se a rainha me der um filho no prazo de um ano a contar deste dia em que estamos…»