quinta-feira, 3 de maio de 2007

um pouco de Mafra


A obra do complexo de Mafra mobilizou uma legião de trabalhadores vindos de todos os pontos do país. Ainda que não se saiba ao certo quantos trabalharam nas obras, em 1729 eram cerca de 45 000 que eram ajudados por um milhar de bois. E onde dormia esta gente toda? Numa "cidade" de madeira construída para o efeito (que até tinha hospital).
O material usado foi a pedra-lioz, por ser abundante na região. Quanto aos mármores italianos, como eram mais dispendiosos, foram usados nas partes nobres do edifício. As madeiras vieram do Brasil e outras de Itália. Os sinos e carrilhões, a indumentária e alfaias para o culto, vieram de Itália, França, Bélgica e Holanda... Mafra construída sob o signo da Europa barroca de Setecentos.
É curioso saber que as contas da obra nunca foram feitas, nem durante nem depois da construção (soa um bocadinho a "déja vu", esta situação de nunca se saber ao certo como são gastos os dinheiros públicos)


Mas olhemos a fachada: aqui a igreja, colocada no eixo de simetria, encontra-se ladeada pela zona palaciana com os seus dois torreões terminais (estes torreões não vos lembram nada na cidade de Lisboa?) A articulação do palácio com a igreja faz-se na Sala das Bençãos, será então através da janela que o rei com o patriarca de lisboa ao lado pode saúdar o povo reforçando o seu poder de monarca absoluto.
Tudo isto (e muito mais) encontram no Dicionário da Arte Barroca em Portugal, coord. José Fernandes Pereira

4 comentários:

Anônimo disse...

Muito interessante, so falta marcar a visita de estudo!

susana disse...

Ana, tens um blog muito giro, especialmente porque nunca tive professoras destas!! Parabéns, e creio que este teu blog te deve dar imenso jeito para as aulas. Os t.p.c. ou algo que te esqueças, pois no blog e já está... Parabéns e beijinhos

Anônimo disse...

Olá!!! Pois é, estamos de volta para mais um mesinho de aulas. Mas aproveito para me expressar em relação à fabulosa viagem até Itália.Para começar aviso que a viagem ajudou imenso a perceber a importância do Barroco em Itália e também ajudou em relação às aulas de história. Apesar de termos faltado às aulas conseguimos apanhar toda a matéria dada, devido a termos tido o previlégio de lá estar pessoalmente e contemplar todo o explendor de arte italiana. Aprendemos imenso, passeamos imenso(mas sempre em trabalho :p),ficamos em Barletta,fomos até Bari, Pompeia,Roma,Crotone (Kroton),Nápoles(acordavamos a um quarto para as cinco da manhã para fazermos 6 horas de viagem no belo do autocarro,digo-vos já que não é muito agradável) comemos imensa pasta,as familias que nos acolheram foram espantosas, mas o mais importante foi mesmo o que aprendemos para além das paredes escolares. Tudo isto para incentivar todos os alunos a não perderem nenhuma oportunidade que vos è proposta e mesmo se não vos proposerem sejam vocês mesmo a darem o passo para tal. Nada como vermos as coisas no seu real e conseguirmos sentir o que realmente a arte transmite. Não são só fotografias nem livros que mostram o que há realmente lá fora. Por isso volto a dizer, para irem à procura e para se sentirem muito bem com vocês próprios ao visitarem e ao cultivarem-se. Mas digo desde já que se não tiverem com atenção nas aulas de História, não iram compreender nada em relação ao que visitarem e vão se sentir como um burro a olhar para um palácio. Bem aqui fica o meu relatório.
Beijinhos
PS: Ah! esqueci-me na sexta-feira de lhe ter dado a pedra de Pompeia, mas segunda-feira levo.

Ana Castanheira Martins disse...

Tenho pena mas não vai dar para sairmos...é a voz do cumprimento (e também do comprimento!!) do programa que nos espartilha...