domingo, 27 de maio de 2007
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sábado, 26 de maio de 2007
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quinta-feira, 24 de maio de 2007
igreja barroca
http://www.mcah.columbia.edu/ha/related_sites/rome_san_carlo_360/mov/1rome_san_carlo_church.mov
para treinar 1
para os alunos que não desejam ser repositores numa grande superfície
Os Países-Baixos encontram-se divididos entre a Flandres, católica e governada pelos Habsburgo, cujas cidades principais são Antuérpia e Bruxelas, e a Holanda, calvinista e protestante, com o seu centro em Amesterdão
Holanda:
•Graças à Reforma Protestante, a pintura religiosa deixa de ser primordial;
•Diversidade temática;
•Foi uma arte para mercadores, burgueses e artesãos bem sucedidos, executada em reduzidas dimensões, feita para casas de gente vulgar e comercializada livremente, comemorando o prazer da vida
Pintores: Jan VERMEER VAN DELFT, Frans HALS, Harmenszoon van Rijn REMBRANDT
Em França...
•Georges de la TOUR (1593 –1652):
Influência de Caravaggio
Cenas com poucos personagens
Iluminação local por um foco luminoso (uma vela, um candelabro, etc.) em contraste com o resto da composição que apresenta uma escuridão imensa.
•Nicolas POUSSIN (1594 –1665):
Harmonia e Beleza ideais
Opulência de influência veneziana
•Claude LORRAIN (1600 -82):
Paisagens harmoniosas e idílicas, não reais mas emocionam o espectador de forma realista.
Em Espanha...
•A pintura foi essencialmente religiosa.
•Jusepe de RIBERA(1521-1562), influência de Caravaggio. Para os seus modelos utiliza gente simples do povo que pinta com grande realismo.
•Diego VÉLAZQUEZ (1599-1660), foi o pintor oficial do rei de Espanha. Também influênciado por Caravaggio.
•Francisco ZURBARÁN(1598-1664), realismo das naturezas mortas assim como o tratamento realista (e rotineiro) das cenas religiosas.
•Bartolomé Esteban MURILLO (1617-82)
E por cá...
•A renovação pictórica em relação ao resto da Europa
•Séc. XVII – influência do tenebrismo espanhol (domínio filipino)
•Sec. XVIII – influência italiana e de la Tour
•TEMAS: Retratos, pintura religiosa, pintura de tectos
Séc. XVII:
•André Reinoso
•Domingos Vieira (1600-78)
•Josefa de Óbidos (1630- 1684)
•Bento Coelho da Silva (1617-1708)
Séc. XVIII
•André Gonçalves (1685- 1762)
•Vieira Lusitano (1699- 1783)
terça-feira, 22 de maio de 2007
para descontrair
A exposição chama-se "Viagem ao Polén Sul" e está no Instituto Franco-Português até 31 de Maio.
Pode ver algumas das fotografias (com melhor qualidade!) aqui: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1a3z-yWEjzgnAbtgCQsjmUiRxh20c6wzNTJE8KWu4I0FQGucMubfI8IAXVZB_tehxO_zI5cfWG3b8p4cbCIPw0iJGyIJxzTSf3v1SWKF4WPDXpDGirR3_mfgTyCoBSyVTIFEVYdlypndB/s1600-h/Viagem+ao+Po%CC%81len+Sul+-+Susana+Seven.jpg
segunda-feira, 21 de maio de 2007
ainda a propósito do feminino
domingo, 20 de maio de 2007
Josefa de Óbidos
Este Presépio pode ser visto (ao vivo e a cores!) no Museu Nacional da Arte Antiga.
(deixei mais um link no de vez em quando... )
Ana de Lorena
quarta-feira, 16 de maio de 2007
para navegar
terça-feira, 15 de maio de 2007
Um pouco nada sobre a pintura holandesa
A divisão da Europa em países católicos e protestantes reflectiu-se nas manifestações artísticas. Já sabemos que região meridional dos Países Baixos (que hoje denominamos Bélgica) permaneceu católica, enquanto as provincias setentrionais, ao libertarem-se da presença católica espanhola, facilmente aderiram ao novo credo. Não podemos esquecer que não estamos a falar de pobres camponeses mas de ricos mercadores que refletem a prosperidade das cidades mercantis holandesas. São estes os novos encomendadores. Os artistas encontram no mercador bem sucedido que queria legar a sua imagem aos vindouros ou no burguês respeitável que fora eleito para um cargo público e que desejava ser pintado assumindo essas funções, um "filão" quase inesgotável para a sua expressão artística. Como não existia máquina fotográfica, as comissões locais e juntas governamentais encomendavam retratos de grupo para colocação na sala de reuniões ou salões nobres das suas sedes.
E quem não tinha jeitinho nenhum para o retrato? Pois foi, tiveram que acordar para a dura realidade e renunciar à ideia de viver exclusivamente de encomendas. Eram livres é certo, mas a liberdade tem um preço...e então era vê-los nas feiras e mercados públicos a negociar a sua "mercadoria". É aqui que aparece outra figura: o marchand d'art (dito em francês fica com um ar mais intelectual!) que vai servir de intermediário, comprando ao preço da chuva para vender ao preço do barril de crude.
Na pintura holandesa vamos estudar primeiramente Franz Hals e Rembrandt.
Podem começar já a pensar porque é que não podemos considerar renascentistas as reproduções acima.
A reprodução de "Figura de Velho" pode (e deve!) ser vista no Museu Calouste Gulbenkian.
...e para saber mais: http://www.wga.hu/
segunda-feira, 14 de maio de 2007
Caravaggio
Captar, pela emoção, a fé de multidões. Eis o propósito da pintura religiosa barroca.
A imagem é apenas um fragmento (e o meu ponto de vista) da obra de Caravaggio da qual vimos a reprodução na aula.
Não só a acção é dramática como também o modo como tal nos é dado a ver, como a própria acção é montada. Reparem na teatralidade dos gestos, no contraste cromático e no contraste claro-escuro. Todos estes elementos convergem para a construção no sentido de espectáculo.
Podemos salientar como características da pintura de Caravaggio:
•Usar como modelos, nos seus temas – históricos, religiosos, ou cenas de género –figuras vulgares de mulheres e homens comuns (possuindo algumas delas um certo carácter rude que choca os seus contemporâneos);
•Usar uma luz rasante e descontínua;
•Iluminar fortemente alguns pormenores ou personagens importantes da cena.
Na nossa última aula foi também referida a pintura de paredes e tectos, sempre obedecendo ao trompe l'oeil, numa tentativa (quase sempre bem conseguida) de ampliação e transcendência do espaço físico. Distinguimos duas técnicas no trompe l'oeil, os quadri riportati - imitação de quadros de cavalete com moldura pintada, e a perspectiva de soto in sù - vistas tomadas de baixo para cima que se abriam para o espaço esbatendo a fronteira entre o real e o imaginário...criando um espaço de contornos ambíguos. Como exemplos referimos: Annibal Carracci, Andrea Pozzo e Pietro da Cortona.
quinta-feira, 10 de maio de 2007
Temas da escultura laica
- os retratos individuais, com carácter honorífico ou propagandístico, sempre realistas e expressivos;
- os mausoléus;
- figuras ou grpos mitológicos, de inspiração clássica e com significado alegórico
A temática da escultura religiosa
•Vidas de santos e mártires (os mais recentes canonizados no séc. XVII);
•Novos temas marianos como o da Sagrada Família (a virgem com S. José e o menino já criança) e o da Imaculada Conceição (verdade religiosa recentemente transformada em dogma doutrinal);
•Cristo no Calvário e a Paixão de Cristo (via sacra);
•Triunfo da Eucaristia e das Virtudes Cristãs (fé, esperança, caridade);
•Valorização da figura do Papa.
quarta-feira, 9 de maio de 2007
Jean Tinguely a propósito do movimento
Aqui vos deixo um pedacinho do site do museu:
segunda-feira, 7 de maio de 2007
A expressão técnico-formal da escultura barroca
A escultura barroca afasta-se um "pouco" daquilo que estudámos anteriormente. Estamos longe das estátuas-coluna dos portais do gótico inicial assim como estamos longe da calma impressa no rosto do David de Donatello... o que encontramos então como características da escultura barroca?
- Rigor da execução técnica: herdeiros dos processos renascentistas os escultores barrocos dominam as técnicas do desbastar, cinzelar e do modelar;
- Perfeição das formas;
- Exploração das capacidades expressivas; acentuação dos gestos, posições e expressões faciais e corporais, visando a dramaticidade dos conteúdos;
- Preferência por posições em movimento;
- Utilização de panejamentos, volumosos, agitados, decompostos, favorecendo o contraste das texturas e os violentos contrastes de luz/sombra;
- Composições livres e soltas, organizadas segundo esquemas complexos que interligam diferentes personagens “captadas” em acção
- Sentido cénico das composições; preocupação com o enquadramento;
Escultura Barroca - parte II
•A igreja; empenhada na transmissão da Fé e dos dogmas, bem como no reforço da sua imagem espiritual;
•Os monarcas; interessados na manifestação pública do seu poder e da sua força e na divulgação da ordem ideológica que os fundamenta;
•As famílias mais ricas; principalmente burguesas, que começavam a manifestar o seu individualismo e gosto pelo quotidiano.
sábado, 5 de maio de 2007
sugestões para o dia da mãe
Mais umas dicas sobre a obra que foi o orgulho de D. João V
Podem começar por falar que durante o longo reinado do monarca (1706-1750) podemos falar de um estilo joanino (João - joanino...'ta-se mesmo a ver!), que emerge da superação da crise da Restauração (pois, hoje deve dar voltas no túmulo, por causa da invasão espanhola através das zaras e dos santanderes), durante a qual se acentuara o nosso isolamento cultural e ao enriquecimento geral do país sob os auspícios da mineração brasileira. No complexo de Mafra conseguimos sentir o poder de D. João V, bem como a sua necessidade de marcar esse mesmo poder...mas apesar de tudo é sempre um poder que está abaixo do poder divino, isto porque a fundação da que seria a maior construção deste período e sua obra de referência tem como mote a dificuldade da rainha em receber prendas no dia da mãe, isto é, em procriar. D. João V vai seguir o conselho de Frei António de São José, frade da Ordem dos Arrábidos, de prometer construir um convento dedicado a Santo António se nascesse um rebento. E não é que nasceu mesmo (1711) uma infanta de seu nome D. Maria Bárbara (as mães gostam destes pormenores!)
Já sabemos que este complexo articula um palácio, uma igreja e uma parte conventual, revelando mais uma vez a aliança entre o poder real e o poder religioso.
Vamos entrar na igreja: atravessemos a galilé, deleitando-nos com um verdadeiro repositório da escultura italiana da época, para entrar propriamente na vasta construção que é a igreja. Vamos percorrer os 35m de comprimento desta igreja de cruz latina. Reparem na nave. Predomina a ordem coríntia e apesar dos elementos decorativos alternarem com vastas superfícies de mármore a decoração não anula a estrutura arquitectónica como seria de esperar no período barroco. Lateralmente encontram capelas comunicantes que convidam ao recolhimento numa oração individual. Se o dia estiver solarengo reparem na luz que brota das amplas janelas e da cúpula, uma luz que vai fazer o mármore ganhar vida nos constraste do claro/escuro. Ainda envoltos na ambiência barroca, percorram agora as dependências da igreja onde encontram a sacristia e várias capelas e cheguem à Sala do Capítulo. É considerada como um dos mais importantes exemplos da arquitectura barroca em Portugal e prova uma vontade em acompanhar as inovações estéticas europeias, muito embora não tenha tido grande eco, uma vez que só no Porto, na Torre do Clérigos voltaremos a ter este arrojo na planta. Estamos perante a planta elíptica e desta forma um espaço diferente se mostra perante os nossos olhos. (reparem que em vez de mármores temos estuques)
Há muito mais para dizer, mas acredito que quando fizerem de "guias turísticos" às mães se vão lembrar de tudo o que aprenderam. Lembrem-se que o mais importante é sentir a experiência dos lugares ...oiçam o que aquele espaço vos tem para dizer.
Bom Domingo
(em 1747 chegou a Portugal Alessandro Giusti, escultor italiano, que trabalhando em Mafra irá influenciar a estética nacional formando nomes com Machado de Castro)
Escultura Barroca - parte I
A primeira aula sobre escultura foi muito animada ;) Parabéns pelas vossas intervenções.
Como não houve tempo aqui fica a "papinha" sobre a aula dada. A próxima aula virá a seu tempo.
No Barroco a comunicação instintiva e intuitiva das mensagens pelas emoções e pelos sentimentos e a provocação da surpresa e do deslumbramento apelam à participação afectiva do público, com vista a uma mais fácil e eficaz transmissão das ideias e dos conceitos.
Embuída deste espírito a escultura vai assumir um papel relevantee assim podemos encontra-la a ornamentar ou complementar a arquitectura religiosa ou civil, enquadrando-se nos cenários por ela criados - relevos; volutas, brasões, cartelas, vasos, toféus, festões, coruchéus e fogaréus - não se esqueçam de quão importante é a ideia de "cenário". A escultura de vulto redondo pode estar colocada em nichos, consolas ou mísulas, ou formando filas horizontais sobre os parapeitos das pontes e dos átrios dos edifícios, ou em escadarias ou colunatas, ou sobre muros dos jardins (que como já sabemos são estudados ao pormenor!). As Estátuas colunas - atlantes e cariátides trazem à memória algo já anteriormente estudado. Monumentos escultóricos, baldaquinos, púlpitos, retábulos, mausoléus, monumentos comemorativos, honoríficos ou simbólicos, figuras alegóricas, retratos (bustos, estátuas, estátuas equestres) túmulos, passos professionais e fontes, enfim tudo era passível de ser tranformado em escultura, não esquecendo, claro está, os retratos individuais dos reis e de outras altas figuras públicas, com carácter honorífico e como não podia deixar de ser: propagandístico.
Em relação ao retrato convém lembrar que este era tratado de forma realista (mas com bom aspecto...tipo actor de hollywood na passadeira vermelha rumo aos óscares) e expressiva, representando sempre o retratados em atitudes de triunfo e rodeado por imagens alegóricas das virtudes morais e políticas ou por figuras mitológicas como heróis clássicos.
quinta-feira, 3 de maio de 2007
um pouco de Mafra
O material usado foi a pedra-lioz, por ser abundante na região. Quanto aos mármores italianos, como eram mais dispendiosos, foram usados nas partes nobres do edifício. As madeiras vieram do Brasil e outras de Itália. Os sinos e carrilhões, a indumentária e alfaias para o culto, vieram de Itália, França, Bélgica e Holanda... Mafra construída sob o signo da Europa barroca de Setecentos.
É curioso saber que as contas da obra nunca foram feitas, nem durante nem depois da construção (soa um bocadinho a "déja vu", esta situação de nunca se saber ao certo como são gastos os dinheiros públicos)