quarta-feira, 23 de abril de 2008

D. João V a fazer qualquer coisa

Este post não tem fotografia...mas tem uma sugestão a propósito da matéria leccionada. Experimentem ir ao MNAA, procurar a sala 69, procurar uma vitrine com uma miniatura de P. Castrioto, de 1720, em marfim (pintado) com uma moldura em prata...o que será que está representado nessa cena do século XVIII? Será D. João V a jogar Playstation? Será D. João V a ver os estudos para a nova travessia do Tejo? Vão até lá e aproveitem para revêr os barrocos.

6 comentários:

Troca Letras disse...

Ver coisas em marfim, isso não devia ser considerado arte
Só se for a arte de mal tratar animais

Anônimo disse...

Profesora, vou usar o seu blog para fazer um poco de publicidade cultural..

Está a decorrer na cantina velha da cidade universitária uma peça de teatro de cariz satirico.

Chama-se "o retábulo das maravilhas" de Jacques Prevert encenação de Ávila Costa.

Vale muito a pena sobretudo porque é entradad livre.

A peça decorre todas as quintas, sextas e sabados às 21h30.

Vale muito a pena...

Ana Castanheira Martins disse...

Fiquei à espera que os meus alunos respondessem à provocação no comentário de Troca Letras...porque é uma turma cheia de vegetarianos convictos, daqueles que o são por ideologia e não por modas. Mas são também alunos que apreenderam as filosofias subjacentes aos períodos da história da cultura e das artes referentes à cultura da catedral, do palácio e do salão...de tal forma que sabem perfeitamente que as questões ecológicas não eram propriamente uma preocupação entre os séculos XII e XVIII...quanto muito lá para o final do século XVIII. Mesmo no período renascentista o olhar sobre a natureza tinha um carácter muito diferente daquele que hoje associamos ao movimento de defesa e preservação das espécies.
A arte inuit (...é politicamente incorrecto dizer esquimós)tem desde sempre, algumas manifestações em osso e presa de morsa (leão marinho?) e nós sabemos que eles respeitam a natureza...quem nos diz a nós que o marfim usado na placa que está no museu da arte antiga não foi recolhido de um animal que morreu de morte natural?

quanto à sugestão do anónimo...é bom que se identifique sempre que comentar.

Troca Letras disse...

Ana nesse dia que fiz esse comentário eu estava muito revoltado.
Eu também sou vegetariano e também por motivos éticos, e trabalho com animais.
Não tenho nada contra as Artes, também não sabemos como esse marfim foi conseguido.
Peço desculpas por ter sido um pouquinho inconveniente.

Anônimo disse...

o comentário anonimo é do seu antigo aluno e jovem realizador ao serviço da fundação

Ana Castanheira Martins disse...

Este blog serve para questionar a cultura e as artes, por isso toooodos os comentários são bem vindos...o do nosso amigo troca-letras serviu para nos alertar para um outro olhar que também devemos ter sobre as manifestações artísticas. Ninguém ficou "zangado"!
E quanto ao jovem realizador, muito obrigada pela sugestão. (é o José?)