Fiquei muito contente em saber que vão viajar nas férias de verão...e ainda por cima vão a Itália. Vai ser muito bom ver tudo com outros olhos. Agora tudo o que aprenderam vai ficar gravado para sempre e não apenas para "exame". Quando virem o Renascimento vão sentir a norma, vão ouvir a harmonia...quando virem o Barroco vão deixar-se seduzir pelas formas sinuosas, pelos contrastes de claro/escuro.
A dormida em Veneza pode ser feita num B&B (muito em conta para os padrões de Veneza) chamado Domus Ciliota. (decoração espartana, limpinho, sossegado, pequeno almoço razoável). No entanto, em Mestre (fora de Veneza propriamente dita) é capaz de haver mais barato, mas esta tem a vantagem de estar mesmo, mesmo em Veneza. Apanhem um vaporetto...
Vamos dar um passeio pelo Grande Canal e desta vez, atenção aos palácios! Antes da Ponte do Rialto, encontram o Ca' Pesaro (hoje galeria de arte...e mostrado na aula), passam a ponte encontram o Ca' Rezonnico, um palácio com espírito barroco (vejam o salão dos bailes e os frescos de Tiepollo (para a semana falamos nele). Podem depois sair na paragem Accademia. Aqui vale a pena ir ao Museu (da Academia, claro) e deleitarem-se com pinturas de tooooda a matéria do 11º ano... Ah! a fachada é Barroca! Ainda nessa margem, mas um bocadinho mais à frente (podem ir a pé) têm a Colecção de Peggy Guggenheim (1898-1979) coleccionadora, comerciante de arte e mecenas. Isto será um "cheirinho" da matéria do 12º ano. Voltemos ao vaporetto, desta vez para parar na igreja barroca de Santa Maria della Salute (também mostrada em aula, era a que tinha uns "orelhões" enormes para suportar o peso da cúpula). Aqui tentem ir à sacristia e ver Ticiano (falamos dele na próxima semana).
E depois, claro, temos a Praça de São Marcos...aqui podem visitar o Museu Correr. Se já estiverem muito cansados podem vê-lo a "correr", mas tenham atenção às esculturas do Canova, que irá ser matéria do próximo ano lectivo. Se tiverem pouco tempo prefiram o museu da Accademia. Ainda na praça podem ter a sorte de conseguir ter pouca gente na Basílica (eu nunca consegui ver a basílica com olhos de ver...havia sempre muito turista). Podem ver o Palazzo Ducale, tem menos gente ;)
Em Veneza as igrejas são mais que muitas, o que dá para ir percorrendo as "capelinhas" ao sabor do tempo disponível.
Como já vos disse, a experiência dos lugares constrói as nossas memórias e faz de nós aquilo que somos e que pretendemos ser. Não é apenas ver. É sentir, é cheirar, é saborear, é ouvir...é tudo isso fundido que nos envolve num turbilhão de sentimentos que guardamos...e partilhamos. Se for possível, guardem uns Euros para tomar um café num dos mais bonitos cafés, o Florian, na Praça de São Marcos.