quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Making of Grécia


Aqui deixo uma amostra do trabalho de fotografia do Pedro Sequeira, do 10ºB

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

gótico Vs Renascimento, parte 2

Aqui fica mais um texto interessante do 11ºJ. parabéns ;)

“Um desaparecimento misterioso de ovelhas”


Na madrugada do dia 8 de Maio de 1115, o senhor Dionísio desperta em sobressalto com barulhos assustadores vindos de lá de fora. Levanta-se rapidamente e repara pela janela que a sua quinta está vazia, sem as suas ovelhas, sem a sua colheita e a vedação da quinta destruída.

Dionísio – Ai Deus nosso senhor! Que desgraça a minha, que mal fiz eu a Deus para merecer isto?

(De seguida, a sua mulher, Maria da Conceição, acorda com a aflição do seu cônjuge, e dirige-se á janela, apercebendo-se assim do sucedido)

M.Conceição - Ai, meu filho! Mas que rebaldaria vem a ser esta? Passou por aqui a mão do diabo? Valha nossa senhora, que Deus nos proteja.

Dionísio – É Satanás! É Satanás! (exclama o pastor).

(De repente, uma luz misteriosa vinda dos céus reflecte-se sobres as suas cabeças, caindo de lá de cima um sábio vindo do futuro).

Sábio – Calma, não tenham medo meus amigos, tudo tem uma explicação (profere calmamente o sábio).

Dionísio – Não! Tu és o Satanás! Vieste buscar a minha alma, as minhas ovelhas, a minha horta, a minha vida. Que mal te fizemos? (diz aterrorizado).

(Com o susto, a Maria foge para de baixo da cama, com medo que lhe entrasse o espírito maléfico e a possuísse para todo o sempre)

Sábio – Meu caro senhor, as ovelhas não foram levadas por Diabo nenhum, mas se chama diabo ao seu vizinho, tudo bem.

Dionísio – O que pretende dizer com essas insinuações?

Sábio – Que foi o seu vizinho que as roubou, ora essa!

Dionísio – Então mas porque raio você caiu dos céus?

Sábio – Eu apenas vim ajudá-lo a resolver o problema, sou do período do Renascimento, onde as ideias são outras e as situações são encaradas com racionalidade.
Mas se não acredita pode sempre ir confirmar na quinta do seu vizinho, estou certo que as ovelhas ainda se encontram lá.

(Dionísio, ainda duvidoso, dirige-se à quinta do seu vizinho e acaba por dar razão e acreditar nas afirmações do sábio).

GÓTICO vs RENASCIMENTO

Aqui deixo um texto, dramatizado em aula (11ºJ) Parabéns aos autores ;)
O Eclipse Solar

[Narrador] – São aproximadamente duas horas da tarde. Um grupo de homens passeia na rua quando, de repente, começa a escurecer até ficar totalmente escuro.

B – (a apontar para cima, admirada e curiosa) Olhai o céu. Está a escurecer.
Mi – (também admirada e curiosa) É o Sol?! (pequena pausa) Que se passará com o Sol?
Ma – (assertiva) Algo está a cobri-lo, tal como nos dias chuvosos.
B – (ar pensativo) O que será? Nuvens? Estrelas?
Mi – (assertiva) Temos de averiguar.
As personagens tiram alguns instrumentos e começam a fazer cálculos sobre o acontecimento.

[Narrador] – Enquanto este grupo pesquisa a razão de tal acontecimento, chega outro grupo de homens apavorados, amedrontados.

S - (ajoelha-se e olhando para o céu benze-se e dizendo) Oh meu Deus! (levanta-se e virando-se para os outros, diz) Estamos a ser castigados pelo Senhor. Ai de nós…
J – (pressagiando) A escuridão abateu-se sobre a terra! O reinado de tormentos de Lúcifer está a chegar!
R – Temos de ter paciência, enfrentar este castigo, e ter fé acima de tudo, pois se Nosso Senhor assim o decidiu, é porque o merecemos. O Nosso Pai quer pôr-nos à prova para ver quem é capaz de ultrapassar este obstáculo. Fé acima de tudo.

Este grupo aproxima-se do outro grupo de homens e dirigi-lhes a palavra.

S, J, R – (voz alta) Cuidei os males desta escuridão, pois, nossos irmãos, isto, é um obstáculo que Deus quer que superemos.

Mi - (com um certo tom de contradição) Estais enganados, homens. (pequena pausa) Pois isto, não de um obstáculo divino se trata, mas sim de um fenómeno científico – algo obstrui o Sol.
B – Fizemos estudos e cálculos. Não gira o Sol nem a Lua à volta da Terra, mas gira a Lua à volta da Terra e Terra à volta do Sol. E, podemos provar o que dizemos! Se quiserdes até lhe posso mostrar.
Ma – E, neste momento, a Lua está entre o Sol e a Terra e estão alinhados de tal maneira, que a não conseguimos receber a luz emitida pelo Sol na Terra. Chamamos a isto, um eclipse.
J – (a gritar, indignado) O QUÊ?! BLASFÉMIA! BLASFÉMIA!
S – Bruxos! Não entendemos das vossas magias!
R – É preciso ter fé no Senhor!
B – Fé no Senhor, sim. Mas tendes de crer na Ciência e na razão. Pois tudo é explicável, se o estudarmos.
J – (a gritar, ainda mais indignado) O QUÊ?! BLASFÉMIA! BLASFÉMIA!
R – Loucos! Tento na língua! Continuam a lançar palavras sujas e sem sentido.
S – Arderão nas chamas do Inferno! PECADORES!
Mi – Acalmai-vos! Estais fora de si. Com a razão tudo pode ser explicado.
Ma – Deixai-nos explicar e demonstrar…deixai-nos falar.
J,R,S – (avançando com a cabeça) NUNCA!

R - (olhando para o céu) Senhor, nada disto é do nosso pensamento.
J – (chateado com tais palavras) Para a fogueira, para a fogueira. Queimemo-los antes que nos queimem a nós.
S,R – Sim!

Corre B, Mi e Ma, seguidos por J, S e R.

[Narrador] Mesmo depois de o eclipse ter acabado, a população ficou a achar que tinha sido um acto de magia negra e persegue-os. Os pensadores renascentistas são depois interrogados pela Inquisição porque continuaram a defender as suas ideias e a teoria heliocêntrica, sendo condenados à morte na fogueira. As outras personagens assistem à condenação na praça pública. E antes do fogo ser ateado, proferem:

J – Que queimem eternamente nas chamas do Inferno! PECADORES!
R – Bruxos! Feiticeiros!

estudo de perspectiva



Esta imagem é especialmente para o 10ºA.


Paolo Uccello

Estudo de perspectiva

1430

tinta e pena,

290 x 241 mm

Galleria degli Uffizi, Florença

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Os Médicis - sugestão de leitura


Já reparámos que não há um corte abrupto que permita estabelecer um marco cronológico preciso entre o Gótico e o Renascimento. Há, isso sim, um percurso, um caminho contínuo, feito de cruzamentos e compromissos, onde o passado e o futuro, se entrelaçam com uma orientação precisa. Os estilos não podem ser arrumados em gavetinhas herméticas. Há características comuns, ainda que se revistam de contornos muito específicos. Por exemplo, gótico e românico usavam colunas, pilares, arcos, abóbadas...mas o efeito criado pela conjugação dos diferentes elementos construtivos, é muito diferente se compararmos uma catedral gótica a um mosteiro românico.
Quanto ao renascimento, vamos continuar a ver o crescimento da cidade e da burguesia que a governa. Vai continuar a existir gente a acreditar que a Terra está quietinha no seu lugar central no Universo e que, é o Sol quem tem a trabalheira toda de andar à roda, à roda... gente a acreditar que pagando as "indulgências" se livra de todos os pecados e mais algum... gente a pintar a têmpera enquanto outros se deliciam e tiram partido da pintura a óleo, que lhes permite as velaturas e um tempo de secagem mais longo... tal e qual como hoje na era do digital, ainda há quem prefira a fotografia analógica...ou na era do fastfood, felizmente ainda há quem não troque um Hamburguer por um cozido à portuguesa com couves, farinheira, chouriços e carnes várias. Mas voltemos ao renascimento:
No meio há uma cidade especial. Respira-se riqueza e conhecimento nas ruas de Florença, e isso deve-se a uma família.

O apelido Médicis evoca uma gloriosa imagem da Itália renascentista, especialmente de Florença, com as suas valiosas obras de arte, os seus magníficos palácios e as suas fabulosas riquezas; mas ao mesmo tempo remete para um mundo mais obscuro, mas não menos atractivo, de intriga e corrupção, de luta sem tréguas pelo poder. Hoje continuamos fascinados pela vida dos Médicis. Na internet encontram-se quase 300 000 referências ao apelido, que não se limita ao campo da História: há escolas de cozinha Medici, hotéis Medici, lojas Medici... O nome converteu-se em sinónimo de requinte, beleza, luxo... o resto podem ler em Os Médicis: a nossa história, por Lorenzo de Médici, editora D. Quixote

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Para um roteiro visual do Mosteiro dos Jerónimos


MOSTEIRO DOS JERÓNIMOS: UM ROTEIRO VISUAL

Com este trabalho pretende-se criar um roteiro visual sobre o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.Por sermos uma escola especializada artística, para além de ser avaliada a tomada de vistas (fotografias)de acordo com o percurso estabelecido, será também valorizada a criatividade na construção do espaço plástico.
Este é um trabalho individual, que deverá ser realizado com a dimensão máxima A4, encadernado e devidamente identificado. Prazo de entrega: 3 de Março 2009
A propósito do Mosteiro dos Jerónimos, convém relembrar:
• O início da obra data de 1500, por determinação de D. Manuel I, como ‘memória de gratificação pela descoberta do caminho marítimo para as “Indias”, contudo pelas datas e pela história acredita-se que foi mais para agradar a nova rainha, Dona Maria I e como “templo para um rei divino que se pretendia construir às margens do tejo”.
• As obras demoraram 100 anos e apresentam duas fases distintas:
– 1ª) gótico-naturalista, sob a direcção de boitaca ( 1502-1516 ), com predominância de elementos de emblemática de sentido regional, cordas, cabos, troncos, esfera armilar, escudo real, …
– 2ª) gótico-renascença, sob a direcção de joão de castilho ( a partir de 1517 ), que enriquece a obra com uma decoração de formas do mais puro classicismo.
. Posteriormente são feitas novas obras e acrescentos sob o reinado de D. João III e na regência de D. Catarina, já sob completo domínio classicista, a ala moderna foi construída em 1850 no estilo neo-manuelino e abriga, hoje, o Museu de Arqueologia.


O PERCURSO DO ROTEIRO VISUAL DEVE SEGUIR A ORDEM SEGUINTE:
1º) Portal Sul: período de João de Castilho, com elegante combinação, distribuição de motivos e esculturas de modelação renascença: N. Sra de Belém sob o baldaquino central; a estátua do infante D. Henrique no pilar, sob o mainel que divide o portal; o arcanjo s. Miguel ( anjo portector de Portugal ) no cimo do portal; as imagens dos apóstolos de corte clássico; a riqueza e leveza dos baldaquinos, nichos, mísulas e custódias de rendilhado manuelino e inspiração gótica.
2º) Porta Axial: voltada a poente, mais importante pela localização (em frente ao altar-mor) e decoração; desenhada pelo escultor Chanterene que povoou a estrutura delineada por Boitaca com composições renascentistas que simbolizam, nos 3 nichos superiores – a anunciação, a natividade e a adoração dos Reis Magos. de cada lado da porta figuram em tamanho natural, as estátuas dos soberanos promotores da obra, D. Manuel e Dona Maria, acompanhados pelos seus santos protectores. Sobre eles, em pequenos nichos temos os 4 evangelistas e nos contrafortes, os apóstolos.
3º) Igreja: transmite a sensação de uma gruta com 3 naves e 3 tramos, apresenta um conjunto delicado de pilares com aparência de palmeiras que crescem em direcção ao tecto em abóbada estrelada nervurada. Será que as naves são todas da mesma altura?
4º) Sub-Coro: túmulos de Vasco da Gama, o que estragou a Rota aos venezianos (lado norte) e Luís de Camões, o do " amor é fogo que arde..."(lado sul);
5º) Capela à direita do transepto: túmulo vazio de D. Sebastião (é natural, ainda estamos à espera da tal manhã de nevoeiro);
6º) Coro: do reinado de D. João III sendo o cadeiral já renascentista;
7º) Claustro: obra de Boitaca que João de Castilho rematou ( concluído em 1544 ), caminho para as várias depêndencias conventuais. Os seus arcos e balaustradas encontram-se decorados com delicados rendilhados e imagens esculpidas. A fonte tem a forma de leão que é o símbolo heráldico de S. Jerónimo.
8º ) Confessionários: as diferentes portas alinhadas que dão para o claustro são as de acesso ao confessionário – o confessor entrava pelo claustro e o penitente pela igreja, ficando ambos separados por uma grade de ferro.
9º) Refeitório: coberto com azulejos do século XVIII, com cenas do Antigo e do Novo Testamento, o painel na extremidade norte representa a multiplicação dos pães;
10º) Sala do capítulo: para reunião dos monges onde liam um capítulo da regra de Santo Agostinho (daí a proveniência do nome) e determinavam sobre assuntos do foro eclesiástico. O portal é do século XVI e o interior do século XIX, o que vê-se inscrito num dos fechos da abóbada. No centro temos o túmulo de Alexandre Herculano.
11º)Sacristia: suportes semelhantes aos da nave central;
12º) Coro Alto: no 2º piso do claustro, já totalmente renascentista, temos o coro alto local em que os monges se reuniam para o ‘ofício divino’. Aqui temos o cadeiral desenhado por Diogo de Torralva e executado pelo Mestre Diogo de Carça em 1550.