terça-feira, 30 de setembro de 2008

O princípe encantado


As sementes da moral e dos bons costumes foram lançadas na Europa Medieval...num tempo em que a Guerra era a profissão de reis e nobres, havia que, em tempo de paz, valorizar a civilidade. Mas como o fazer, se "andar à espadeirada" era algo que lhes corria no sangue? Havia que arranjar uma maneira de justificar o espírito guerreiro, mesmo com os infiéis ao longe. Surge então o ideal de cavalaria! À sombra de um código de conduta, arranja-se uma desculpa para entrar em torneios. Civilizar o combate através da defesa da honra da dama...lutar pela proteção dos oprimidos, das viúvas e dos orfãos.

E onde iam eles buscar inspiração para os seus actos? Aos romances de cavalaria. O "Romance da Rosa" (não é "Nome da Rosa" de Umberto Eco) funciona como um repositório das normas de conduta. O jardim do amor é um reduto onde não entram defeitos. A velhice, a tristeza, a avareza ou a inveja ficam fora dos muros. Lá dentro tudo é belo... "Os Cavaleiros da Távora Redonda" foram também um bestseller da altura...mas aquilo não correu lá muito bem entre o Rei Artur e o Lancelot, que ao que parece, esquecendo-se dos contornos que o amor cortês devia assumir, deu uma voltinha com a Guinevere (a mulher do Rei Artur)...pois foi, depois a coisa correu mal e não conseguiu conquistar o Santo Graal... se tivesse esperado mais uns séculos podia ler o "Código Da Vinci" e continuar a sair com a Guinevere.


O nosso bravo cavaleiro está disposto a morrer pela sua amada, a despojar-se das suas roupas para agasalhar os que têm frio, a partilhar a sua refeição com os famintos...de cabelos ao vento, enfrentando ventos cortantes e desertos escaldantes .


A nossa matriz cultural está assente também no ideal de cavalaria... mesmo num filme em que as personagens principais são um Ogre Verde e uma princesa "rechunchudinha"...

domingo, 28 de setembro de 2008

Uma hipótese de trabalho para o terceiro período


Provavelmente alguns de vocês já conhecem, mas mesmo assim, deixo aqui uma referência e uma hipótese de trabalho para o terceiro período. O que acham?




Podiam fazer o mesmo com a escultura ou a arquitectura...ou com a paisagem...ou com o vestuário...o limite seria a vossa imaginação (e os limites inerentes ao trabalho escolar, claro!)

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

O equilíbrio instável




Podemos dizer que o berço da cultura moderna foi a cidade. Como vimos na última aula, ela, a cidade, podia ser governada por um nobre mas na maior parte dos casos ela administrava-se a si própria, funcionando como microestado...uma democracia dos pequeninos. Claro que o poder tem sempre qualquer coisa que nos atrai e que nos faz lutar pelo lugar de "presidente da câmara". Assim a cidade torna-se palco das lutas subtis entre as famílias ilustres (essencialmente a aristocracia) e os grémios dos artesãos e dos comerciantes. Estas lutas eram lutas políticas, não batalhas campais com corpos estraçalhados. Eram lutas internas. Quando uma cidade entrava em confronto com outra cidade, a defesa militar era organizada à semelhança dos castelos e estas defendiam-se a si próprias. Podiam existir alianças entre cidades...como estratégia económica como a Liga Hanseática que chegou a contar com 70 cidades, lideradas por Lübeck.


Existem duas grandes zonas onde floresceram cidades que se tornaram referência para a cultura europeia (e mais tarde que se espalhou pelo mundo e arredores). Falamos do Norte de Itália (com as cidades de Veneza, Florença ou Milão) e a Flandres (com Bruges ou Antuérpia).

Curioso é que ainda hoje o norte de Itália é mais rico que o sul. Será porque a riqueza, o espírito empreendedor e criativo deixaram sementes na Idade Média?


Para um cidadão que vivia na cidade, a pátria não era Portugal, mas sim Lisboa ou Porto, e isso condicionava as suas atitudes e relações. Este era o pensamento medieval...


Atenção: as imagens são para um aluno do 10 ano.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Recomeçar...


O ano lectivo recomeçou e com ele o blog vai reiniciar a sua actividade. Este ano vai ser alargado à disciplina de Projecto e Tecnologias do 10ºano, para termos uma visão mais alargada das artes e das actividades artísticas.

Para os alunos de HCA, fica aqui a fotografia do Panteão de Roma e a correcção do teste diagnóstico:

1.
1- Cúpula
2- Frontão triangular
3- Capitel
4. Fuste
5- Base

2.
Doc. B – Período Helenístico
Doc. C – Período Arcaico
Doc. D – Período Clássico

3.
O legado grego
- O teatro, a par de outras manifestações cívico-religiosas.
- A Democracia (conceito e prática): da democracia directa à representativa.
- A Cidadania (conceito de cidadão).
O legado romano
- Uma cultura urbana e imperial: a importância da cidade; a rede de estradas; a língua; o Direito; a Cidadania.
- Uma arte comemorativa (propaganda) e pragmática.
- Marcada influência grega: arte, filosofia, religião, teatro, literatura.
O legado do Cristianismo
- A transmissão do legado político-cultural clássico.
- O monoteísmo e o peso da Igreja no mundo cristão ocidental.
- A ideia de um poder centralizado, da teocracia ao pder do rei como representante de Deus na Terra.
- A liberdade, a igualdade, a tolerância.
- A filosofia (Platão e Aristóteles).
- O Direito.
- A Retórica.
- Os rituais, do cerimonial imperial para o cerimonial religioso.
- A arte greco-romana.

4.
1- Nave central
2- Colaterais (naves laterais)
3 - Cruzeiro
4 - Transepto
5 - Abside
6 - Deambulatório
7 – Capelas radiantes